A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os números das exportações do agronegócio brasileiro em dezembro de 2024. O total das vendas externas alcançou US$ 11,7 bilhões, uma redução de 7,2% em relação a novembro, e 12,8% inferior ao mesmo mês de 2023. No entanto, o valor total das exportações do agronegócio do país atingiu um recorde histórico de US$ 164 bilhões, com um pequeno aumento de 1,3% em relação ao ano anterior.
O Estado de São Paulo foi o maior arrecadador, representando 18,6% do total exportado. A China manteve-se como o principal parceiro comercial do Brasil, adquirindo US$ 50 bilhões em produtos do agronegócio, o que corresponde a 30% do total. Os Estados Unidos e a Holanda foram os próximos principais destinos, com 7,4% e 3,3%, respectivamente. Aproximadamente 70% da receita provém de produtos dos complexos da soja, carnes, sucroalcooleiro e produtos florestais.
Segundo análise do banco Itaú BBA, o setor sucroenergético teve uma performance positiva em relação ao ano anterior, especialmente devido ao aumento das exportações de açúcar pelas usinas brasileiras, favorecido pela rentabilidade global e pela redução das exportações da Índia.
No caso do açúcar VHP, as exportações aumentaram 24% em 2024, somando 33,5 milhões de toneladas. Entretanto, o preço médio registrou uma queda de 3,6%, ficando em US$ 476 por tonelada. O principal destaque foi o crescimento das exportações para a Ásia, com a Indonésia liderando esse movimento, mais que dobrando suas importações do açúcar brasileiro. O Oriente Médio também se destacou, com um aumento de 70% nas compras, representando 22% do total exportado.
Em relação ao açúcar refinado, as exportações somaram 4,8 milhões de toneladas, um aumento de 12% em comparação ao ano anterior. O preço médio se manteve estável, com uma leve queda de 0,8%, para US$ 561,4 por tonelada. O crescimento das exportações foi impulsionado principalmente pelo aumento de 34% nas vendas para a África, destino de 70% do açúcar refinado exportado.
No setor de etanol, as exportações somaram 1,9 milhão de metros cúbicos, o que representa uma queda de 24,5% em relação a 2023. Os preços caíram 13%, ficando em US$ 549 por metro cúbico. A redução nos embarques ocorreu, em grande parte, pela menor demanda dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, além de uma queda significativa nos embarques para a Holanda.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio