Com a chegada do verão, a elevação das temperaturas demanda maior atenção dos produtores rurais para assegurar o bem-estar e a produtividade dos animais. Especialistas da MSD Saúde Animal oferecem orientações sobre o manejo de peixes, bovinos e suínos, apresentando estratégias para minimizar os efeitos negativos do calor intenso.
Cuidados na Tilapicultura
O verão é a estação mais desafiadora para o cultivo de tilápias, como explica Talita Morgenstern, coordenadora técnica nacional de Aquicultura da MSD Saúde Animal. A tilápia, espécie tropical, possui conforto térmico ideal entre 25°C e 30°C. Temperaturas elevadas aumentam o metabolismo, predispondo os peixes a estresse térmico e maior suscetibilidade a infecções.
Entre as principais doenças dessa época estão as bacterianas, como estreptococoses e lactococoses, além do vírus ISKNV, que provoca imunossupressão. Talita recomenda práticas como:
- Redução da densidade de peixes.
- Uso de rações de alta performance.
- Controle rigoroso da temperatura da água.
“Temperaturas próximas a 30°C demandam maior atenção ao manejo, pois é um período crucial para evitar perdas”, alerta a especialista.
Bovinos: Bem-Estar e Produtividade
Para o rebanho leiteiro, o estresse térmico é um fator crítico, afetando diretamente a ingestão de alimentos e a produção de leite. Thatiane Kievitsbosch, gerente de produtos da MSD Saúde Animal, destaca que tecnologias como o SenseHub Dairy são aliadas para monitorar a frequência respiratória e identificar momentos críticos de estresse térmico.
Medidas como aspersão de água e ventilação em horários estratégicos ajudam a resfriar os animais e minimizar impactos. Dados da Embrapa apontam que altas temperaturas podem reduzir em até 30% a produção leiteira no Brasil, reforçando a importância da adoção de tecnologias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Impactos do Calor em Suínos
Temperaturas acima de 22°C afetam diretamente o desempenho produtivo e reprodutivo dos suínos. Segundo José Luiz de Almeida, coordenador técnico da MSD Saúde Animal, o calor altera o consumo alimentar, provoca desequilíbrios hormonais e reduz a imunidade dos animais.
Além disso, o calor compromete a produção de colostro das matrizes, essencial para a saúde dos leitões. “Investir em ambiência adequada não apenas reduz a mortalidade nos primeiros dias de vida, mas também garante a sustentabilidade da produção”, afirma o especialista.
O clima seco do verão, aliado ao aumento de poeira nas instalações, eleva o risco de doenças respiratórias, reforçando a necessidade de manejo eficiente e atenção às condições do ambiente.
Conclusão
O manejo adequado durante o verão é essencial para preservar o bem-estar dos animais e garantir a sustentabilidade da produção. A adoção de boas práticas, aliada ao uso de tecnologias, permite enfrentar os desafios do calor, promovendo uma produção mais saudável e eficiente.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio