Inflação em 2024 afetou mais as famílias de menor renda; alta de itens como carnes e café pesou

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A inflação em 2024 afetando mais as famílias de menor renda.

O diagnóstico é do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Oficialmente, a inflação no ano passado foi de 4,83%.  Mas isso é de modo geral, porque o impacto acaba variando nas diferentes faixas de renda.

Mensalmente, o Ipea faz o estudo de Inflação por Faixa de Renda. A população é dividida em 6 faixas, conforme os ganhos: renda muito baixa, baixa, média-baixa, média, média-alta e alta.

No acumulado de 2024, por exemplo, a faixa de renda baixa registrou a maior alta inflacionária: 5%. A alta dos preços para as classes de renda muito baixa, média-baixa e média também ficaram acima da média nacional de 4,83%.

Já o impacto da inflação para as famílias de renda média-alta e alta ficou abaixo desse patamar: 4,78% e 4,43%, respectivamente.

Ainda de acordo com o Ipea, os dados de 2024 revelam que, embora em graus diferentes entre as seis faixas, as maiores pressões inflacionárias vem dos “alimentos e bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “transportes”. Alimentos e saúde, por exemplo, são grupos que impactam mais diretamente as famílias de menor renda, já que elas compromete, parte significativa do orçamento com esses tipos de produtos, especialmente alimentos e bebidas.

No caso dos alimentos, embora a alta tenha se dado de forma bem disseminada no ano passado, itens relevantes na cesta do consumidor registraram aumentos significativos, como arroz, carnes, aves e ovos, óleo de soja, leite e café.

Já em relação à saúde e cuidados pessoais, as maiores contribuições registradas entre janeiro e dezembro de 2024 vieram dos produtos farmacêuticos e de higiene, dos serviços de saúde e dos planos de saúde.

No grupo transportes, as maiores pressões vieram da alta dos preços do transporte por aplicativo, da gasolina e do etanol.