O mercado internacional de açúcar atravessou um período de grande volatilidade em janeiro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos de açúcar bruto com entrega em março encerraram a sessão de 30 de janeiro cotados a 19,47 centavos de dólar por libra-peso, representando um aumento de 1% em relação aos 19,26 centavos registrados em 31 de dezembro.
O mercado apresentou forte recuperação após atingir, em 21 de janeiro, a mínima de cinco meses de 17,57 centavos de dólar por libra-peso. De acordo com Maurício Muruci, analista da Consultoria Safras & Mercado, as chuvas favoráveis ao desenvolvimento da cana no Centro-Sul do Brasil, aliadas a perspectivas mais otimistas para as safras asiáticas, pressionaram as cotações do mercado futuro.
Na Tailândia, a qualidade e a produtividade dos canaviais colhidos na safra 2024/25 mostraram avanços expressivos. O governo local projeta uma colheita superior a 90 milhões de toneladas de cana, enquanto o escritório de monitoramento do setor estima uma produção total de 11 milhões de toneladas de açúcar. Esse volume representa um crescimento de 25% em relação à safra anterior, que produziu 8,8 milhões de toneladas. No relatório semestral de novembro de 2024, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) havia previsto uma produção tailandesa de 10,24 milhões de toneladas, com uma moagem de cana estimada em 100 milhões de toneladas.
Segundo a Safras & Mercado, a continuidade do clima chuvoso e favorável ao avanço da safra de cana no Centro-Sul do Brasil deve manter uma limitação nos preços do primeiro contrato da Bolsa de Nova York em torno de 20 centavos de dólar por libra-peso. As projeções climáticas para a primeira semana de fevereiro indicam volumes acumulados entre 60 e 80 milímetros de chuva, fator que, segundo Muruci, reforçará a pressão sobre as cotações do açúcar em Nova York.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio