A expectativa de uma safra recorde no Brasil em 2025 deve concentrar a demanda por frete no início do ano, com o pico projetado para fevereiro, de acordo com relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA. Esse aumento na demanda deverá pressionar os preços do transporte, especialmente nas principais rotas de escoamento de grãos, revertendo o cenário de estabilidade observado em 2024. No ano passado, a irregularidade climática diluiu a demanda e contribuiu para a contenção dos preços do frete.
Atualmente, os preços do frete apresentam tendência de queda. Na rota Sorriso-Paranaguá, o custo por tonelada recuou de R$ 473 em julho para R$ 386 na parcial de dezembro. Essa redução é atribuída à estabilidade nos preços do diesel, que se mantiveram ao redor de R$ 6 por litro no Mato Grosso, e à diminuição da demanda por transporte de grãos, com exportações de milho cerca de 30% abaixo do volume registrado no mesmo período de 2023.
Além disso, a menor produção de milho na safra 2023/24, que totalizou 122 milhões de toneladas, contra 137 milhões na safra anterior, e a baixa competitividade do cereal brasileiro, devido à valorização dos preços internos, reduziram a atratividade do produto frente aos concorrentes dos EUA e da Argentina. A ausência da China como principal comprador, devido à boa safra colhida pelo país asiático, também impactou as exportações brasileiras.
Embora a demanda por frete deva aumentar em 2025, a manutenção de preços controlados para o petróleo e o diesel pode evitar que os custos do transporte atinjam os picos observados na safra 2022/23. O preço do diesel, que responde por cerca de 40% do custo total do frete, continuará sendo um fator determinante na definição das tarifas de transporte.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio