A produção de lima ácida tahiti no estado de São Paulo tem apresentado crescimento neste início de 2025, mas a tendência é de queda a partir de fevereiro, de acordo com análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Especialistas ouvidos pela instituição apontam que a safra deste ano deve ser mais curta e reduzida, seguindo o padrão sazonal que concentra a colheita no primeiro trimestre.
De acordo com pesquisadores do Cepea, as condições climáticas adversas em 2024, marcadas por chuvas escassas e altas temperaturas, foram determinantes para a redução no volume de produção da tahiti, mesmo no pico da safra. Além disso, a desvalorização da fruta nos últimos anos desestimulou os produtores a investirem em cuidados culturais ao longo do ano passado, o que também impactou negativamente a oferta.
Com a menor disponibilidade da fruta, os preços começaram a subir no mercado. Entre os dias 13 e 16 de janeiro, o preço médio da tahiti comercializada no mercado in natura foi de R$ 25,23 por caixa de 27,2 kg, o que representa um aumento de 6% em relação à semana anterior e expressivos 87% frente à segunda semana de janeiro de 2024.
Já no segmento industrial, os valores também registraram alta significativa. O preço médio da tahiti destinada à indústria alcançou R$ 28,00 por caixa de 40,8 kg, apresentando um crescimento de 40% na comparação semanal e de impressionantes 112% em relação ao mesmo período do ano passado.
O cenário destaca a influência das condições climáticas e dos baixos investimentos na dinâmica de oferta e demanda da fruta, além de reforçar a importância de estratégias que incentivem a recuperação do setor nos próximos ciclos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio