Raça Crioula Alcança Faturamento Recorde de R$ 122 Milhões em Leilões em 2024

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A raça Crioula fechou o ano de 2024 com um impressionante faturamento de R$ 122 milhões, oriundos de 227 leilões realizados ao longo do ano, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e com base em informações do Sindicato de Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do Rio Grande do Sul (Sindiler). Este resultado representa uma sólida performance, mesmo diante das dificuldades enfrentadas, especialmente as consequências de desastres naturais no Rio Grande do Sul.

César Hax, presidente da ABCCC, destacou que os números refletem a consolidação da raça Crioula em 2024. “Conseguimos criar um ciclo virtuoso, superando obstáculos e realizando finais com resultados expressivos. Isso é reflexo do trabalho contínuo e da qualidade dos animais comercializados, que são reconhecidos tanto por sua genética quanto pelo desempenho em pistas e competições. Esperamos que 2025 seja igualmente promissor”, afirmou.

O impacto dos leilões na criação e na comercialização

Os criadores de cavalos Crioulos também comemoraram os resultados obtidos. Avaliam os leilões como o ápice de suas criações, pois representam a confirmação do trabalho árduo realizado ao longo do ano. Para Evaldo Francisco da Rosa, da Estância Liberdade (RS), “o leilão é o coroamento de toda a criação, uma prova de que o trabalho está no caminho certo. Ter a oportunidade de vender esses animais para outros criadores e entusiastas da raça é de extrema importância para o nosso setor.”

Mariana Tellechea, da Cabanha Basca (RS), também celebrou os resultados positivos, com destaque para a comercialização de fêmeas de sobreano e dois anos, cujo lote foi totalmente vendido. “Foi um ano muito satisfatório, com muitos interessados em investir em animais de pista, o que demonstra o fortalecimento da raça Crioula e o excelente trabalho da nossa associação”, comentou.

Recordes de vendas e negócios milionários

Diversos leilões realizados em 2024 alcançaram valores recordes, com destaque para a Cabanha Cala Bassa, de Bagé (RS), que vendeu a cota do garanhão Jacinto Cala Bassa–TE, atual Freio de Prata, por impressionantes R$ 22 milhões, o que tornou esse animal o mais valorizado da raça Crioula até o momento. Outra venda significativa foi a de um produto do garanhão importado Del Oeste Zorrino, realizada pela Estância Liberdade, de Rolante (RS), ainda no ventre.

Fábio Crespo, presidente da Sindiler, classificou o ano de 2024 como excepcional para a raça. “Os leilões, tanto os maiores quanto os de menor porte, aqueceram o mercado de forma impressionante, com valores recordes e uma ampla comercialização. O sucesso desse ciclo deve se refletir em 2025, com a expectativa de superação do desempenho do ano anterior”, concluiu.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio