A raça Holandesa alcançou resultados notáveis no Rio Grande do Sul em 2024, superando desafios e apresentando crescimento significativo nos registros e no controle leiteiro. Os dados revelam um aumento de 25,90% no número de animais registrados, totalizando 12.782 em comparação aos 10.152 de 2023. O destaque ficou por conta dos registros de exemplares Puro de Origem (PO), que saltaram de 1.511 em 2023 para 5.167 em 2024, um impressionante crescimento de 241,95%, impulsionado pela atualização do regulamento implementada em março.
No âmbito do controle leiteiro, 6.130 animais de 93 produtores foram inscritos no serviço, levando o total de animais da raça Holandesa controlados no ano para 73.560. O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, atribuiu esses avanços ao comprometimento dos produtores, técnicos, funcionários e demais envolvidos na entidade. “Eles mantiveram o foco, atingiram as metas e compreenderam que fazem parte de uma atividade contínua, mesmo em um ano desafiador”, ressaltou.
Planejamento a longo prazo como pilar do sucesso
Tang destacou a importância do planejamento de médio e longo prazo na criação de gado leiteiro. “Registrar animais é pensar no futuro. Recentemente, registrei duas terneiras que só gerarão retorno em 2027. O trabalho começa muito antes, com a inseminação de vacas utilizando touros melhoradores para qualificar o rebanho. A Gadolando tem a missão de valorizar o indivíduo, garantindo rastreabilidade e controle”, explicou.
Segundo o dirigente, o controle leiteiro e a classificação linear são ferramentas essenciais para o aprimoramento das próximas gerações. “Para conhecer a produção de uma vaca, é indispensável o controle leiteiro. Já para avaliar suas características morfológicas, utilizamos a classificação linear. Esses dados são a base para tomar decisões e melhorar a qualidade genética do rebanho”, completou.
Prioridade para novos registros e expansão da associação
Embora o número de classificações lineares tenha se mantido estável, atingindo 1.169 animais em 2024, o presidente da Gadolando enfatizou que a prioridade foi alcançar novos associados e ampliar o número de registros. “Sem registro, não há controle leiteiro oficial nem classificação linear. Esse conjunto de ações é o que permite ao criador perceber o valor da Gadolando como entidade representativa das demandas políticas, sociais e econômicas do setor”, concluiu Tang.
O avanço nos números demonstra a resiliência e o compromisso dos criadores gaúchos com a evolução da raça Holandesa, consolidando a posição do Estado como referência no setor leiteiro nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio