A safra 24/25 de cana-de-açúcar em Alagoas, iniciada em agosto de 2024, começou com expectativas de crescimento na produção. A previsão inicial, divulgada pelo Sindaçúcar-AL, apontava para um volume de até 20,5 milhões de toneladas, representando um aumento superior a 5% em relação ao ciclo anterior, que alcançou 19,5 milhões de toneladas.
No entanto, a escassez de chuvas na região canavieira do estado ao longo do ciclo obrigou uma revisão nas projeções. Um levantamento recente do Sindaçúcar-AL, realizado entre o final de dezembro de 2024 e o início de janeiro de 2025, indica uma provável redução na produção, com estimativa de queda de até 1 milhão de toneladas em comparação à safra anterior. O volume total agora é projetado entre 18 e 19 milhões de toneladas, refletindo uma retração de pouco mais de 5%.
Impactos no Setor Industrial
Apesar da redução no volume agrícola, o rendimento da matéria-prima deve impulsionar a produção industrial, especialmente de açúcar. “Devemos repetir a produção de etanol, em torno de 450 milhões de litros. No entanto, a produção de açúcar, que foi de 1,2 milhão de toneladas na safra anterior, pode alcançar 1,6 ou até 1,7 milhão de toneladas”, destacou Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL.
Além disso, o mercado cambial oferece perspectivas positivas. Segundo Nogueira, a valorização do dólar frente ao real favorece as exportações e deve contribuir para um balanço financeiro favorável às empresas do setor, apesar das dificuldades enfrentadas na safra agrícola. “É evidente que a redução da produção agrícola frustra quem planta e investe nos canaviais. Contudo, o aumento da produção de açúcar e a alta do dólar serão fatores importantes para assegurar resultados positivos para as empresas”, explicou.
Embora o déficit hídrico tenha impactado diretamente as lavouras, o cenário atual destaca a resiliência do setor sucroenergético de Alagoas, que busca compensar as perdas agrícolas com um desempenho industrial expressivo e a exploração de oportunidades no mercado externo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
