A Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) elevou sua estimativa para o déficit global da commodity na temporada 2024/25 (outubro a setembro), projetando uma escassez de 4,88 milhões de toneladas. O número, divulgado nesta quinta-feira (27), representa um aumento significativo em relação à previsão anterior, que indicava um déficit de 2,51 milhões de toneladas.
A revisão foi impulsionada principalmente pela queda na produção de importantes países produtores. A safra da Índia, antes estimada em 29,31 milhões de toneladas, foi reduzida para 27,27 milhões de toneladas, bem abaixo das 32,2 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior. No Paquistão, a previsão caiu de 6,75 milhões para 6,16 milhões de toneladas, enquanto na Tailândia a estimativa foi ajustada de 11 milhões para 10,45 milhões de toneladas.
Além da menor oferta, a ISO também apontou uma leve redução no consumo global, que passou de 181,58 milhões para 180,42 milhões de toneladas. Já a produção mundial foi revisada para 175,54 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 179,07 milhões de toneladas.
Mercados financeiros ignoram déficit e operam em queda
Mesmo com o cenário de menor oferta, os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE Futures recuaram nesta quinta-feira (27). O vencimento para março/25, que expira hoje, foi cotado a 19,69 centavos de dólar por libra-peso, queda de 95 pontos em relação ao fechamento anterior. O contrato para maio/25 desvalorizou 70 pontos, negociado a 18,89 cts/lb. Os demais vencimentos registraram perdas entre 25 e 66 pontos.
Na ICE Futures Europe, o açúcar branco seguiu a mesma tendência, com recuos em todos os contratos. O lote para maio/25 foi cotado a US$ 539,70 por tonelada, uma desvalorização de US$ 15 em relação ao pregão anterior. O contrato para agosto/25 caiu US$ 16,20, sendo negociado a US$ 522,00 por tonelada. Os demais vencimentos recuaram entre US$ 7,10 e US$ 16.
Mercado doméstico acompanha movimento de baixa
No Brasil, as cotações do açúcar cristal também registraram queda. Segundo o Indicador Cepea/Esalq, a saca de 50 kg foi negociada a R$ 140,34 nesta quinta-feira, contra R$ 141,82 no dia anterior, o que representa uma desvalorização de 1,04%.
O etanol hidratado seguiu a mesma trajetória no mercado interno. Pelo Indicador Diário Paulínia, o biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.938,50 por metro cúbico, queda de 0,36% em relação aos R$ 2.949,00 registrados no dia anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio