Os contratos futuros do açúcar encerraram o pregão desta quarta-feira (26) em queda nas bolsas internacionais, influenciados pela perspectiva de aumento na produção brasileira. O Brasil, maior produtor e exportador global da commodity, deve atingir um volume recorde na safra 2025/26, conforme projeção da trader Czarnikow.
Segundo analistas consultados pelo Barchart, a empresa estima que a produção de açúcar do Brasil chegará a 43,6 milhões de toneladas métricas (MMT), refletindo a maior lucratividade do açúcar em relação ao etanol.
Outro fator que pressionou as cotações foi a queda nos preços do petróleo bruto, que atingiram a menor marca em dois meses. Esse movimento desvaloriza o etanol e pode levar usinas a priorizarem a produção de açúcar, ampliando a oferta global do produto.
Nova York
Na ICE Futures de Nova York, os contratos de açúcar bruto para março/25 foram negociados a 20,64 centavos de dólar por libra-peso, registrando uma desvalorização de 82 pontos (queda de 3,8%) em relação ao dia anterior. Na terça-feira, o mesmo contrato havia alcançado a máxima de dois meses, cotado a 21,57 centavos por libra-peso.
Segundo a Reuters, operadores observaram uma fragilidade no contrato de março antes do vencimento na sexta-feira. O prêmio desse contrato em relação ao de maio recuou de 1,43 centavo de dólar na terça-feira para 1,19 centavo na quarta-feira.
Além disso, o Rabobank alertou que a previsão climática para o Brasil indica período seco e quente nas próximas semanas, o que pode impactar negativamente a produção.
Londres
O açúcar branco também registrou recuo na ICE Futures Europe, em Londres. O contrato para maio/25 caiu 1,6%, sendo negociado a US$ 554,70 por tonelada.
Mercado doméstico
No Brasil, o mercado interno apresentou comportamento oposto. As cotações do açúcar cristal, conforme o Indicador Cepea/Esalq (USP), registraram alta. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 141,82 na quarta-feira, contra R$ 139,94 no dia anterior, uma valorização de 1,34%.
Etanol hidratado
Após dois dias seguidos de desvalorização, o etanol hidratado apresentou leve recuperação na quarta-feira. Segundo o Indicador Diário Paulínia, o biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.949,00 por metro cúbico, frente aos R$ 2.944,00 da véspera, um aumento de 0,17%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio