A primeira semana de fevereiro no mercado de café manteve o ímpeto observado em janeiro, com os preços internacionais do grão batendo recordes consecutivos. Em Nova York, as cotações futuras do café arábica superaram com facilidade a marca de 400 centavos por libra-peso, com a posição de março alcançando 411,25 centavos na quinta-feira, 6, após uma série de sessões históricas. O movimento de alta está sendo impulsionado por preocupações com a oferta e pela incerteza relacionada à imposição de tarifas comerciais.
Com este desempenho, os ganhos no ano já ultrapassam os 25%, refletindo uma continuação do crescimento expressivo do ano passado, que registrou um aumento de 70%. Traders atribuem a escalada dos preços a temores sobre a oferta, particularmente nos principais países produtores, Brasil e Vietnã. Além disso, o mercado está preocupado com a possibilidade de o governo dos Estados Unidos impor tarifas comerciais sobre os maiores produtores de café da América do Sul. A ameaça de que a produção possa ser redirecionada devido a essas tarifas se soma a um cenário logístico já desafiador.
Crescimento no consumo de café no Brasil
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) revelou que o consumo doméstico de café no Brasil cresceu 1,1% no período de novembro de 2023 a outubro de 2024, em comparação ao ano anterior. Esse volume representa 40,4% da safra de 2024, que totalizou 54,21 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em comparação, no período anterior, o consumo nacional havia correspondido a 39,4% de uma safra de 55,07 milhões de sacas.
O aumento no consumo reflete uma tendência positiva, com as indústrias associadas à ABIC registrando uma variação de 1,77%, enquanto as não-associadas apresentaram uma queda de 0,66%. Esse cenário sugere uma crescente preferência dos consumidores por cafés certificados, que continuam ganhando destaque no mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio