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Canal do Panamá rejeita reivindicação dos EUA sobre direitos preferenciais de travessia

A Autoridade do Canal do Panamá negou, nesta quarta-feira, a alegação do Departamento de Estado dos Estados Unidos de que embarcações do governo norte-americano poderiam atravessar a via sem o pagamento de taxas. A declaração da autoridade panamenha ocorre em meio às crescentes tensões provocadas pelas ameaças do ex-presidente Donald Trump de retomar o controle da travessia.

Em comunicado oficial, a Autoridade do Canal, uma entidade autônoma sob supervisão do governo do Panamá, esclareceu que não houve alterações nas taxas ou nos direitos de passagem. A resposta foi uma rechação direta às declarações emitidas pelos EUA.

Mais cedo, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que o governo panamenho havia concordado em isentar embarcações governamentais dos EUA de tarifas de travessia, o que representaria uma economia anual de milhões de dólares para Washington. No entanto, a administração do canal desmentiu tal acordo e reiterou sua disposição para dialogar com autoridades norte-americanas sobre o trânsito de navios militares.

O Canal do Panamá tornou-se um ponto sensível na política externa dos EUA desde que Trump acusou o governo panamenho de impor taxas excessivas para o uso da via, uma das mais importantes rotas comerciais do mundo.

“Se os princípios morais e legais desse gesto magnânimo de doação não forem seguidos, exigiremos que o Canal do Panamá nos seja devolvido, na íntegra e sem questionamentos”, declarou Trump no mês passado, em referência ao tratado de transferência do canal, concluído em 1999.

Além disso, o ex-presidente vem repetidamente alegando que o Panamá entregou o controle da via à China, uma acusação negada tanto pelo governo panamenho quanto pelo governo chinês.

Nesta semana, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, durante uma visita oficial à América Central. Durante o encontro, Mulino reafirmou sua decisão de retirar o Panamá da Iniciativa do Cinturão e Rota da China e rejeitou as ameaças de Trump sobre uma eventual retomada do controle do canal pelos EUA.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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