A crise na saúde de Sinop atingiu um novo patamar de gravidade com a paralisação dos colaboradores do Hospital Santo Antônio (HSA). Diante do caos instalado, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou os Requerimentos nº 30/2025 e 31/2025 na última quarta-feira (5), cobrando explicações do Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Gomes de Figueiredo, e do Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso, Deosdete Cruz Junior.
“Não é possível que o governo continue de olhos fechados enquanto profissionais da saúde são desrespeitados e pacientes ficam à própria sorte!”, denunciou Barranco. O parlamentar questiona não apenas a falta de soluções para a crise financeira do hospital, mas também os indícios de coação e ameaças contra os trabalhadores que reivindicam seus direitos.
Os profissionais do HSA reivindicam o pagamento de 42 meses de vale-refeição atrasados, o repasse devido do FGTS e os valores retroativos do piso da enfermagem. Mesmo diante desse quadro de total precarização, a solução segue emperrada e os trabalhadores, que sustentam a linha de frente da saúde pública, continuam sem perspectivas reais de amparo.
A decisão judicial que manteve a paralisação e determinou uma audiência de conciliação reforça a legitimidade do movimento grevista e expõe a omissão do Estado. “É revoltante ver o governo tratando com negligência um serviço tão essencial. O que mais precisa acontecer para que providências concretas sejam tomadas?”, questionou o deputado.
A paralisação tem causado um impacto profundo no atendimento à população, com a suspensão de diversos serviços fundamentais. A Secretaria de Estado de Saúde tem papel central na mediação desse impasse, mas a demora em agir agrava ainda mais a situação.
O Requerimento de Barranco exige informações claras sobre quais medidas estão sendo tomadas para garantir o atendimento à população e evitar que os profissionais sejam alvos de retaliação. “A crise do HSA não é um problema pontual, mas o reflexo de anos de negligência e descaso. A sociedade mato-grossense não pode aceitar que a saúde pública seja tratada com tamanha indiferença. O que o governo do Estado pretende fazer? Vai continuar ignorando a situação até que o colapso seja irreversível? A população e os trabalhadores aguardam respostas e ações concretas”, finalizou o parlamentar.
Fonte: ALMT – MT