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Dólar abre pregão atento à inflação brasileira e às tarifas de Trump

O dólar inicia o pregão desta terça-feira (11) sob a influência da divulgação de novos dados sobre a inflação brasileira e da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio que chegam ao país. A medida, que gera incertezas econômicas, pode afetar tanto os países exportadores como a própria economia norte-americana, potencialmente impulsionando a inflação interna.

Desempenho do Dólar e Ibovespa

Na sessão anterior, a moeda norte-americana registrou uma leve desvalorização de 0,13%, fechando a R$ 5,7854. Com esse resultado, acumula:

  • Queda de 0,13% na semana;
  • Recuo de 0,89% no mês;
  • Perdas de 6,38% no ano.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, iniciou suas operações às 10h. Na véspera, o indicador teve alta de 0,76%, alcançando 125.572 pontos, o que representa:

  • Alta de 0,76% na semana;
  • Queda de 0,45% no mês;
  • Ganho de 4,40% no ano.
Impactos das Tarifas dos EUA

A assinatura do decreto por Trump, na noite de segunda-feira (10), oficializou a imposição de tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA, com vigência a partir de 4 de março. A decisão, que visa fortalecer a indústria norte-americana, pode impactar significativamente exportadores como Brasil, México e Canadá.

As tarifas elevam as preocupações globais por dois motivos principais: o impacto comercial para os países exportadores e o risco de alta da inflação nos Estados Unidos, que pode gerar efeitos indiretos na economia mundial. Em resposta, autoridades internacionais se posicionaram contra a medida:

  • O Ministério da Indústria da Coreia do Sul convocou reuniões com siderúrgicas para avaliar estratégias de mitigação dos impactos.
  • A Comissão Europeia declarou que “não há justificativa” para a tarifacão e prometeu reação.
  • O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa deve reagir de forma “unida e decisiva” contra tais restrições comerciais.

No Brasil, o governo tem adotado uma postura mais cautelosa. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacaram a importância do diálogo antes de uma possível retaliação.

Repercussão no Mercado e Expectativas para os Juros

A implementação das tarifas pode reduzir as exportações brasileiras de aço e alumínio, impactando diretamente as empresas do setor. Além disso, há preocupação com a possibilidade de alta da inflação nos EUA, o que poderia retardar cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano.

Atualmente, os juros nos EUA estão entre 4,25% e 4,50% ao ano. O Fed busca reduzir a inflação anual de 2,9% para a meta de 2%. No entanto, autoridades monetárias indicaram que não têm pressa para reduzir as taxas e continuarão monitorando de perto os desdobramentos da política econômica global.

Caso os juros permaneçam elevados, os títulos públicos norte-americanos continuarão atrativos, podendo atrair mais investimentos para os EUA e fortalecer ainda mais o dólar. Um dólar mais valorizado tem impacto direto sobre a inflação global, especialmente sobre commodities como combustíveis e alimentos, o que pode pressionar os preços em diversos países, inclusive no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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