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Estiagem e calor prejudicam pastagens em diversas regiões do Rio Grande do Sul

O Informativo Conjuntural da Emater/RS, divulgado na última quinta-feira (6), aponta um cenário desigual para as pastagens no Rio Grande do Sul, refletindo as diferenças climáticas entre as regiões do estado.

No leste, onde as chuvas foram mais regulares, a oferta de forragem permanece estável. No entanto, no oeste, a estiagem e as altas temperaturas limitaram o desenvolvimento das pastagens anuais, sobretudo em áreas onde a precipitação foi irregular e de baixo volume. Em locais de pastejo contínuo, a degradação é evidente, e espécies invasoras como milhã, papuã e capim-arroz tornaram-se alternativas alimentares.

Na Fronteira Oeste, a disponibilidade de forragem varia conforme o regime de chuvas. Municípios que registraram maior acumulado pluviométrico em janeiro apresentaram melhora na oferta de pastagens. Por outro lado, nas áreas onde a precipitação foi escassa e a carga animal elevada, os campos permanecem secos e degradados, levando muitos pecuaristas a recorrer ao capim-annoni como principal fonte de alimentação. Além disso, em Santa Margarida do Sul, novos incêndios foram registrados em campos nativos.

Na Serra Gaúcha, o cenário é mais favorável. Em Caxias do Sul, a combinação entre chuvas regulares, calor e boa luminosidade estimulou o crescimento das gramíneas, e muitos produtores investiram na aplicação de ureia para potencializar o desenvolvimento das pastagens. Situação semelhante ocorreu em Erechim, onde precipitações de 80 mm melhoraram significativamente a disponibilidade de forragem.

Já na Região Celeiro e no Alto Jacuí, a estiagem severa impactou as pastagens anuais de verão, levando à seca das folhas e à rejeição da vegetação pelos animais. Em municípios com menor volume de chuvas, o ciclo produtivo das forrageiras foi antecipado, resultando no encerramento precoce do crescimento das plantas.

Nas regiões da Campanha e Zona Sul, os campos nativos apresentaram alguma recuperação após chuvas esparsas, mas, em áreas com precipitação irregular, o crescimento das plantas continua estagnado, prejudicando a oferta alimentar para os rebanhos.

Em Santa Rosa, a reposição da umidade beneficiou o desenvolvimento das pastagens. No entanto, o estresse hídrico persiste em solos mais rasos. O uso de irrigação tem sido intensificado, e o nível de alguns reservatórios já preocupa os pecuaristas.

Diante dessas adversidades climáticas, muitos produtores têm recorrido ao uso de feno, silagem e ração para suprir a alimentação do gado, o que eleva os custos de produção e impõe desafios adicionais ao setor pecuário.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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