Expansão do algodão: área plantada no Brasil ultrapassa 2 milhões de hectares e cresce 22% em relação à safra anterior

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A área destinada ao plantio de algodão no Brasil registrou um crescimento expressivo de 21,9% na safra 2023/24 em comparação com o ciclo anterior (2022/23), segundo levantamento da Serasa Experian, primeira e maior datatech do país. O estudo aponta que a extensão cultivada passou de 1.657.268 hectares (ha) para 2.020.380 ha, um acréscimo de aproximadamente 363 mil hectares.

A análise também reforça a importância da coleta de dados espaciais por satélite, metodologia utilizada pela empresa para mapear com maior precisão as áreas plantadas. Inicialmente, projeções baseadas em estimativas indicavam um plantio de cerca de 1,9 milhão de hectares, enquanto a tecnologia de sensoriamento remoto revelou um volume superior a 2 milhões de hectares.

“As estimativas subjetivas têm seu valor ao orientar o mercado e auxiliar toda a cadeia produtiva, mas o mapeamento por satélite é fundamental para trazer exatidão na identificação dos cultivos”, destaca Daniel Aguiar, gerente executivo de geoprocessamento da Serasa Experian. Ele ressalta que essa abordagem possibilita um melhor posicionamento de clientes no mercado, antecipando oscilações de oferta e demanda e, consequentemente, nos preços das commodities. Além disso, auxilia no controle de royalties ao identificar e regularizar plantios.

Mato Grosso e Bahia lideram produção nacional

O estudo apontou que a produção de algodão está concentrada em dois estados: Mato Grosso, que responde por 73,5% da área cultivada, e Bahia, com 17,5%. Minas Gerais aparece em seguida, com 1,7% do total.

No recorte municipal, Sapezal (MT) se destacou como o maior produtor nacional, seguido por Campo Novo do Parecis (MT) e São Desidério (BA). O levantamento também mostrou que o plantio de algodão em Lucas do Rio Verde (MT) cresceu 29% entre as safras 2022/23 e 2023/24, acima da média nacional de 21,9%. A área plantada no município saltou de 58.364 ha para 75.141 ha.

Tecnologia de satélite impulsiona monitoramento agrícola

O uso de imagens de satélite tem permitido a construção de um histórico detalhado do plantio ao longo dos anos, proporcionando um acompanhamento mais preciso das dinâmicas regionais e subsidiando análises estratégicas para o setor. Segundo Aguiar, esse tipo de tecnologia facilita a compreensão sobre a expansão das culturas e contribui para questões ligadas à sustentabilidade e à regularização fundiária, além de aprimorar o planejamento do agronegócio brasileiro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio