As exportações brasileiras de algodão alcançaram 415,6 mil toneladas em janeiro de 2025, um expressivo aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano anterior, estabelecendo um novo recorde para o mês, conforme avaliação da consultoria StoneX. Esse desempenho positivo é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a última safra recorde e o forte interesse de países asiáticos como China, Vietnã e Bangladesh, além da desvalorização do real frente ao dólar em dezembro, que impulsionou os volumes exportados.
Segundo a StoneX, o câmbio favorável foi um dos principais motores para o crescimento das exportações. “A desvalorização do real em dezembro fez com que os produtores percebessem uma vantagem em comercializar volumes maiores. Esse fator, aliado a uma situação mais tranquila nos portos, contribuiu significativamente para o aumento das exportações”, explicou a consultoria.
O recorde anterior de exportações havia sido registrado em dezembro de 2020, com 370,5 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O dólar, que estava próximo de R$ 6,30 em meados de dezembro, agora está cotado em cerca de R$ 5,80, o que também contribuiu para o fortalecimento das vendas externas.
Em fevereiro, os embarques continuam em ritmo firme. Na primeira semana do mês, os volumes aumentaram em média 14,6% em relação a fevereiro de 2024, alcançando 15,6 mil toneladas por dia. Contudo, os números ainda estão abaixo dos volumes registrados em janeiro, que foram de 18,9 mil toneladas diárias.
A safra de algodão 2024/25 já está sendo plantada, com a expectativa de crescimento na área plantada, o que pode resultar em uma nova colheita recorde. As últimas estimativas da StoneX indicam uma área de 2,1 milhões de hectares, o que poderia resultar em uma produção de 3,79 milhões de toneladas.
Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve sua projeção para a safra brasileira de algodão em 17 milhões de fardos para 2025, com exportações estimadas em 12,8 milhões de fardos, superando a previsão de 11 milhões de fardos para os embarques norte-americanos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio