Início do ano mostra crescimento no endividamento das famílias cuiabanas e recuo da inadimplência

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Divulgação

Com crescimento de 0,3 ponto percentual (p.p.) em janeiro sobre o mês anterior, o índice de endividamento das famílias cuiabanas iniciou o ano atingindo 86,7%. A mesma variação também foi observada no comparativo anual da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). O levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostrou que 18,1% das famílias em Cuiabá estão com contas em atraso, uma queda de 0,7 p.p. em comparação a dezembro e de 3,3 p.p. sobre janeiro de 2024.

Ainda conforme levantamento da CNC, 45,7% das famílias na capital disseram estar pouco endividadas e apenas 7% muito endividadas. No ano passado, o quadro de famílias com muitas dívidas era de 9,1%. Segundo o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a situação atual da pesquisa reflete uma melhora nas condições das famílias em honras suas dívidas.

“A pesquisa mostra uma sequência de recuos no número de famílias cuiabanas com contas em atraso e também para aquelas que disseram não ter condições de quitá-las. Essa condição pode indicar uma melhora na capacidade de pagamento de dívidas parceladas e um esforço maior para sair ou até evitar a inadimplência”, explicou Wenceslau Júnior.

É o que revelou a pesquisa atual, onde mostra que o número de famílias com contas em atraso passou de 38,9 mil em dezembro do ano passado para 37,5 mil em janeiro desse ano, assim como caiu de 10,8 mil para 9,5 mil o número de famílias que disseram não ter condições de quitá-las, no mesmo período. O recuo é ainda maior quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Para a quitação das dívidas em atraso, 42,5% acreditam que irão pagar parcialmente no próximo mês e 32,1% julgam que pagarão totalmente, o que pode revelar uma diminuição da inadimplência no mês seguinte. A média da renda familiar comprometida com dívida também caiu na variação mensal, ficando em 28,5%, abaixo da margem de 30% que economistas e profissionais do mundo financeiro orientam não ultrapassar.

Quanto aos principais tipos de dívidas das famílias na capital, o cartão de crédito se destaca com 83%, seguido dos carnês, com 24,9%. Financiamento de carro aparece para 6% dos respondentes e o financiamento de casa para 3,9%. O crédito consignado e o crédito pessoal representam 2,6% e 3,4% das dívidas, respectivamente, além do cheque especial, que responde por 1% dos tipos de dívidas.

O presidente da Fecomércio-MT reforçou que “a divulgação dos dados da Peic em Cuiabá é importante para que os comerciantes possam monitorar o nível de endividamento e a inadimplência das famílias, buscando medidas para mitigar os riscos de inadimplência entre os consumidores”.