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Lula Defende Tempo para Ajuste da Taxa de Juros sob Comando de Galípolo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou confiança de que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, será capaz de “consertar” a taxa de juros do Brasil, mas ressaltou a necessidade de tempo para que as mudanças sejam implementadas de maneira segura.

Durante entrevista à rádio Diário, de Macapá (AP), Lula afirmou: “Tenho certeza de que Gabriel Galípolo vai consertar a taxa de juros neste país. Nós só precisamos dar a ele o tempo necessário para realizar as mudanças”. O presidente comparou o processo a uma direção cuidadosa, destacando que não seria prudente fazer mudanças abruptas na política monetária: “Ele não poderia simplesmente dar um cavalo de pau. Não podemos ir de 180 km/h para 30 km/h de uma vez. É preciso cautela para evitar consequências negativas”.

Lula também elogiou o trabalho futuro de Galípolo, indicando que ele poderá ser lembrado como o melhor presidente que o Banco Central já teve, desde que as mudanças sejam feitas com o tempo necessário.

O presidente ainda aproveitou a ocasião para criticar o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato terminou em 2024. Lula afirmou que o comportamento de Campos Neto foi “anti-Brasil” e acusou o ex-presidente de agir de forma prejudicial à imagem do país, tanto internamente quanto no exterior, o que, segundo ele, contribuiu para o aumento contínuo da taxa de juros.

Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro e deixou o cargo no final de 2024, sendo substituído por Galípolo, nomeado por Lula. A taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), é uma das principais ferramentas de controle econômico do Brasil. Galípolo, que já atuava como diretor de Política Monetária do Banco Central, assumiu a presidência após um período de intensa revisão da política monetária.

Em julho de 2024, com Galípolo ainda em sua posição de diretor, o Copom iniciou um ciclo de aumento na taxa de juros após concluir uma série de cortes. Em dezembro, a autoridade monetária sinalizou uma nova elevação, que se concretizou em janeiro, quando a taxa passou para 13,25% ao ano. O Copom, de maneira unânime, indicou que uma nova alta de 1 ponto percentual deve ocorrer em março, deixando em aberto os próximos passos para a política monetária.

De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, as expectativas do mercado indicam que a taxa Selic ao final deste ano será de 15% ao ano, com uma previsão de redução gradual para 12,5% ao ano até 2026.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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