Mais de um milhão de famílias rurais vão poder negociar dívidas e ter acesso a crédito com condições especiais.
Decreto assinado esta semana pelo presidente Lula institui o Desenrola Rural e, a partir do dia 24 de fevereiro, as instituições de crédito devem começar a oferecer renegociações a agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais em situação de inadimplência há mais de um ano.
Um levantamento realizado pelo governo junto às instituições financeiras indicou que, um universo de 5 milhões, 430 mil agricultores familiares, pouco mais de 1 milhão e 300 mil têm, atualmente, dívidas em atraso há mais de 12 meses.
A maioria tem dívidas bancárias, mas cerca de 3 em cada 10 estão com o nome negativado porque devem contas de água, luz e telefone;
Ainda de acordo com o levantamento, entre os agricultores familiares com dívidas bancárias, 7 em cada 10 devem menos de 10 mil reais.
Já a dívida de praticamente metade dos que possuem contas em atraso não chega a mil reais.
São valores considerados pequenos para as instituições bancárias, mas que, para os agricultores, significam restrições de acesso ao crédito, o que é fundamental para a atividade produtora de muitos deles.
