Mercado de Feijão no Brasil Apresenta Baixa Liquidez e Preços Estáveis

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O mercado de feijão carioca no Brasil tem experimentado baixa liquidez e estabilidade nos preços, refletindo uma demanda morosa e uma quantidade reduzida de negociações. Nos últimos dias, os volumes comercializados foram compostos, em sua maior parte, por remanescentes de vendas anteriores, sem novos lotes significativos sendo ofertados. A movimentação dos compradores tem sido moderada, com transações focadas principalmente em feijões de qualidade inferior, cujos preços seguiram alinhados com os padrões previamente estabelecidos. Embora os preços se mantenham estáveis, há um consenso no setor de que o mercado já atingiu seu piso, o que torna improváveis novas quedas.

No Paraná, a colheita da primeira safra de feijão 2024/25 já ultrapassou 40%, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por outro lado, o plantio da segunda safra foi estimado em 365,8 mil hectares, o que representa uma redução de 16% em comparação ao ciclo anterior. A produção total prevista para a segunda safra é de 666,8 mil toneladas, o que implica uma leve retração de 1% em relação ao ano passado. O excesso de chuvas tem dificultado a oferta de feijão de melhor qualidade, o que tem impacto direto sobre o mercado.

Feijão Preto

O mercado de feijão preto segue a mesma tendência de baixa liquidez, com poucos negócios concretizados e estoques limitados. A estabilidade nos preços reflete a expectativa do mercado em relação à definição da nova safra e aos efeitos das condições climáticas sobre a qualidade do grão. A redução na área plantada pode afetar a oferta ao longo do ano, o que tem levado os compradores a adotarem uma postura mais cautelosa.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a colheita da primeira safra está sendo concluída nas regiões que adotam o sistema de duas safras. A produtividade continua variável, dependendo do uso de insumos e das condições climáticas durante o ciclo produtivo. Os grãos colhidos nas lavouras mais precoces apresentam qualidade e peso adequados, atendendo às expectativas de mercado. Entretanto, nas lavouras mais recentes, a qualidade do feijão se reduziu consideravelmente. O rendimento médio estimado é de 1.600 kg/ha.

Para a segunda safra de 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima uma área de 18.863 hectares, o que representa uma redução de 15,19% em relação aos 22.242 hectares semeados na segunda safra de 2023/2024, conforme o IBGE. A previsão de produtividade é de 1.572 kg/ha, o que significa um aumento de 45,83% em comparação com os 1.078 kg/ha registrados em 2024, que foram fortemente impactados pelo excesso de chuvas. A produção estimada para a safra atual é de 29.653 toneladas, um crescimento de 29,63% em relação à produção de 22.874 toneladas registrada no ano anterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio