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Mercado de trigo desacelera no Sul do Brasil com menor oferta e demanda enfraquecida

A comercialização de trigo segue enfrentando desafios no Sul do Brasil, conforme destaca a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a redução no ritmo de moagem dos moinhos e a escassez de caminhões – deslocados para a colheita da soja no Centro-Oeste – têm atrasado as entregas. Apesar do encerramento das compras para fevereiro, ainda há um grande volume de trigo adquirido com retirada prevista até o dia 28 que não foi carregado. As negociações agora se concentram na segunda quinzena de março e abril, com compradores oferecendo entre R$ 1.300,00 e R$ 1.350,00/t no interior, enquanto os vendedores pedem valores entre R$ 1.350,00 e R$ 1.450,00/t. O estado já comercializou 75% da produção, um recorde para esta época do ano.

Em Santa Catarina, o mercado permanece travado devido à dificuldade na venda de farinhas, impedindo reajustes de preços. As ofertas FOB estão em R$ 1.400,00/t, enquanto os moinhos catarinenses seguem recebendo trigo gaúcho a R$ 1.300,00/t FOB – ou cerca de R$ 1.600,00/t CIF no leste do estado. A demanda por farelo de trigo também registrou queda, pressionando os preços para R$ 1.100,00/t ensacado. Algumas cooperativas optam por manter os estoques, aguardando melhores condições de mercado. Os valores pagos aos triticultores seguem estáveis, com exceção de Rio do Sul, onde houve um aumento para R$ 80,00/saca.

No Paraná, a oferta de trigo despencou de 200 mil para apenas 40 mil toneladas, resultando em uma valorização dos preços. Os vendedores pedem R$ 1.550,00/t FOB, enquanto o trigo branqueador é ofertado a R$ 1.700,00/t ou mais. Os compradores, por sua vez, oferecem R$ 1.500,00/t posto no Centro-Sul do estado, para entrega em março e pagamento em abril. Com o avanço da colheita de milho e soja, o interesse dos produtores pelo trigo diminuiu. Importações argentinas via transporte rodoviário chegam ao Oeste paranaense por R$ 1.590,00/t. Na última semana, a média de preços subiu 0,49%, atingindo R$ 73,24/saca, enquanto o custo de produção registrou leve queda, elevando a margem de lucro dos produtores para 6,64%.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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