A produção de batata-doce no Brasil apresentou um expressivo crescimento de 76% entre 2014 e 2023, de acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral). No entanto, o Paraná segue na contramão dessa tendência, registrando queda na área cultivada, no volume colhido e no Valor Bruto da Produção (VBP).
O levantamento aponta que a área plantada no país expandiu 53,6%, alcançando 61 mil hectares em 2023. O volume colhido saltou de 555,8 mil para 925,6 mil toneladas no período, enquanto o VBP real da cultura teve um avanço de 90,1%, passando de R$ 972,2 milhões para R$ 1,8 bilhão.
Os estados do Ceará (17,7%), São Paulo (17,1%) e Rio Grande do Sul (16,5%) concentram mais da metade da produção nacional. O Paraná, por sua vez, ocupa a nona posição no ranking, respondendo por 6,2% da colheita brasileira. Entre os municípios paranaenses, São José dos Pinhais se destaca como o 17º maior produtor do país.
Paraná registra queda na produção e no VBP
Apesar do avanço nacional, o Paraná apresentou uma retração de 20,5% na área plantada e uma redução de 34,4% no VBP na última década. A produção estadual caiu de 84,4 mil toneladas em 2014 para 60,2 mil toneladas em 2023, enquanto o VBP encolheu de R$ 184,4 milhões para R$ 121 milhões.
Os principais polos de produção no estado estão nos núcleos regionais de Curitiba (25,7%), Londrina (17,7%) e Francisco Beltrão (12,6%), que juntos respondem por 56% da colheita estadual. Somente os municípios de Londrina e São José dos Pinhais são responsáveis por 25% da produção paranaense.
Mercado e variação de preços
No mercado, o preço da batata-doce extra roxa apresentou queda de 36,4% em relação ao ano anterior, segundo dados da CEASA/PR. Em Curitiba, a caixa de 20 quilos era comercializada a R$ 35,00, enquanto em 2024 o valor era de R$ 55,00.
A comercialização do tubérculo tem um volume reduzido nos meses de janeiro e fevereiro, mantém-se estável entre dezembro e maio e atinge seu pico entre junho e novembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio