Rio Grande do Sul inicia colheita da soja com produtividade abaixo do esperado

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O Rio Grande do Sul deu início à colheita da safra 2024/25 de soja, com aproximadamente 1% da área cultivada já colhida, conforme boletim divulgado pela Emater nesta quinta-feira. O percentual segue a média histórica para o período, de acordo com a empresa de assistência técnica.

Tradicionalmente, o Estado inicia a colheita mais tarde devido ao seu calendário de plantio. No entanto, pelo terceiro ano consecutivo, a produção ficou abaixo do potencial esperado, reflexo das adversidades climáticas que incluem estiagens e enchentes.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que, devido às perdas causadas pelo tempo seco, o Rio Grande do Sul pode perder sua posição como terceiro maior produtor de soja do Brasil para Goiás, que tem registrado produtividades superiores em função das condições climáticas favoráveis.

Desenvolvimento das lavouras

Segundo a Emater, grande parte das lavouras gaúchas encontra-se na fase de enchimento de grãos (56%), enquanto 12% estão em maturação, 25% em floração e 6% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.

“A produtividade inicial está abaixo da estimada”, destacou a Emater, informando que um novo levantamento da safra está em andamento.

Mesmo com as chuvas recentes, a empresa ressaltou que a condição das lavouras varia conforme a distribuição das precipitações, a capacidade do solo de reter água e as condições climáticas predominantes no período de plantio.

Avanço da colheita do milho

A colheita do milho também avançou, atingindo 64% da área plantada no Estado. Apesar da falta de chuvas em momentos críticos do ciclo, a produtividade tem se mantido em níveis satisfatórios.

Para a safra 2024/25, a Emater estima que a área cultivada com milho alcance 748.511 hectares, com produtividade média projetada em 7.116 kg/ha.

“A restrição hídrica observada entre janeiro e fevereiro pode impactar com maior intensidade os cultivos semeados em novembro e meados de dezembro, que atualmente estão na fase de floração e enchimento de grãos, representando 14% da área total”, explicou a Emater.

O cenário reforça os desafios enfrentados pelos produtores gaúchos, que buscam estratégias para mitigar os impactos climáticos e garantir maior estabilidade produtiva nas próximas safras.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio