USDA ajusta previsões para soja e milho, mas impacto no mercado é limitado

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O relatório de oferta e demanda divulgado nesta terça-feira (11/2) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe poucas mudanças nas previsões para a soja global, mas revisou para baixo a estimativa de produção de milho no Brasil para a safra 2024/25. Apesar da redução na previsão da oferta mundial de soja, o impacto nas cotações na Bolsa de Chicago foi mínimo, com os preços operando de forma estável.

O USDA reduziu em 0,8% a previsão para a safra global de soja, que deve totalizar 420,76 milhões de toneladas em 2024/25. A estimativa para os estoques finais mundiais da oleaginosa também foi revista para baixo em 3,1%, ficando em 124,34 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, as previsões se mantiveram inalteradas, com a colheita projetada em 118,84 milhões de toneladas e os estoques finais em 10,34 milhões de toneladas. O mercado esperava uma ligeira redução nos estoques finais, com estimativa de 10,1 milhões de toneladas.

O Brasil, por sua vez, viu uma revisão modesta nas previsões. A estimativa de produção brasileira de soja foi mantida em 169 milhões de toneladas, abaixo dos 169,9 milhões de toneladas esperados por analistas. Já a previsão para a Argentina foi ajustada para 49 milhões de toneladas, uma redução de 5,8% em relação à estimativa anterior de 50,4 milhões de toneladas.

Em relação ao milho, o USDA também não trouxe grandes surpresas. A produção brasileira foi revista para baixo em 1 milhão de toneladas, totalizando agora 126 milhões de toneladas. O órgão justificou o corte pelo atraso no plantio da safra de inverno, que foi impactado pela colheita mais lenta da soja. Com isso, a estimativa de exportações brasileiras foi ajustada para 46 milhões de toneladas, contra os 47 milhões previstos anteriormente.

A produção de milho na Argentina também foi revista para baixo, com uma redução de 1 milhão de toneladas, devido às condições climáticas adversas. A nova estimativa de produção é de 50 milhões de toneladas, com os estoques previstos em 2,79 milhões de toneladas.

Nos Estados Unidos, a produção de milho foi mantida em 377,63 milhões de toneladas, e os estoques finais ficaram em 39,12 milhões de toneladas, embora analistas esperassem uma ligeira redução nos estoques. O USDA também ajustou o quadro global de oferta e demanda de milho, reduzindo a previsão de produção mundial em 2 milhões de toneladas, para 315,81 milhões de toneladas, e ajustando os estoques globais de 293,34 milhões para 290,31 milhões de toneladas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio