Usina Coaf Supera Moagem em 10% Apesar das Oscilações Climáticas

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Resultados positivos, apesar dos desafios climáticos

A safra canavieira de Pernambuco enfrentou um cenário desafiador em 2024, marcado por um longo período de seca desde setembro do ano passado, que afetou significativamente a distribuição de chuvas. Embora as condições climáticas tenham prejudicado a previsão de recordes produtivos, algumas usinas, como a Coaf, conseguiram superar os resultados da safra anterior. A Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), localizada em Timbaúba, encerrou sua moagem na quarta-feira (22), com 880 mil toneladas processadas, superando em 10% o total da safra anterior. No entanto, a meta inicial de 950 mil toneladas não foi alcançada devido à falta de chuvas que prejudicou o desenvolvimento dos canaviais dos cooperados.

Produção expressiva e eficiência destacada

Com as 880 mil toneladas de cana processadas na safra 2024/2025, a Coaf conseguiu produzir 1,2 milhão de sacos de açúcar de 50 kg, 16,1 milhões de litros de etanol e 26 milhões de litros de aguardente. O início da safra ocorreu em agosto de 2024, e a usina gerou 4,5 mil empregos diretos, tanto na unidade industrial quanto no campo.

Além do aumento da moagem, a Coaf também se destacou pela eficiência. A usina conseguiu moer 12,05% mais cana em comparação com a safra anterior, conseguindo aumentar a produção em um período de tempo mais curto, o que demonstra a melhoria dos processos operacionais.

Impacto da seca e a chegada das chuvas

A chegada das chuvas no final da safra trouxe alívio para a usina, evitando uma queda significativa no rendimento. A chuva, embora benéfica ao impedir a perda de açúcar da cana, também ajudou a evitar uma redução no valor da produção. Contudo, os cooperados da Coaf enfrentaram prejuízos devido à morte da socaria, a parte da planta que brota após o corte da cana. A seca prolongada comprometeu o desenvolvimento dessa parte da planta, que é crucial para as safras seguintes. A morte da socaria representa uma perda severa, pois exigirá replantio, o que implica aumento nos custos de produção.

Proposta para mitigar os impactos da seca

Para evitar que a escassez de água prejudique novamente a produção canavieira no estado, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco solicitou ao Governo Estadual a implementação de pequenas e micro barragens na Zona da Mata. Essas estruturas ajudariam a armazenar a água das chuvas, evitando o desperdício do recurso, que, durante o período chuvoso, acaba sendo desperdiçado ao escorrer para os rios e, eventualmente, para o mar. O uso eficaz dessa água poderia ser crucial para garantir o fornecimento hídrico nos meses de seca, quando a pluviometria é escassa.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio