Ícone do site Hora 1 MT Notícias

Calor extremo prejudica citricultura e causa danos aos frutos

A citricultura no Rio Grande do Sul tem enfrentado severos desafios devido às condições climáticas adversas, conforme apontado no boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (27). O calor intenso, a estiagem e a alta radiação solar resultaram em queimaduras nos frutos, com ênfase nas variedades precoces de bergamota, como a Satsuma Okitsu.

De acordo com o boletim, na região de Caxias do Sul, os citricultores têm realizado o raleio das bergamoteiras, com as frutas sendo comercializadas por R$ 15,00 a caixa de 25 kg. A colheita das variedades superprecoces já começou, com a Okitsu sendo vendida a R$ 6,00/kg nas feiras, embora ainda sem a coloração ideal. As práticas de adubação e controle fitossanitário continuam, com foco no combate à pinta-preta.

Em Lajeado, onde existem 558 hectares de bergamota e 398 hectares de laranja, as perspectivas para a safra são positivas. Apesar dos impactos das chuvas no início do ano, que afetaram o desenvolvimento das plantas em algumas propriedades, a produtividade dos pomares não foi comprometida. Nos pomares recém-implantados, no entanto, a estiagem de janeiro exigiu cuidados especiais.

Em Pareci Novo, que conta com 1.006 hectares de bergamota, o raleio das variedades Caí, Pareci e Montenegrina está em andamento. Os frutos retirados estão sendo vendidos para a indústria por R$ 16,00 a R$ 20,00 a caixa de 20 kg, destinados à extração de óleos essenciais.

Na região de Frederico Westphalen, a estiagem reduziu a produtividade em cerca de 30%, impactando a qualidade comercial dos frutos e intensificando a queda prematura das frutas. Para mitigar as perdas, os citricultores aumentaram os tratamentos de adubação e controle fitossanitário, com especial atenção ao manejo de pragas como a mosca-branca. O clima seco também favoreceu a proliferação do ácaro-da-falsa-ferrugem e do ácaro-da-leprose.

Na região de Santa Rosa, o raleio da bergamota Montenegrina foi praticamente concluído, e os produtores estão instalando armadilhas para o controle da mosca-das-frutas. A falta de umidade no solo comprometeu o crescimento dos frutos de laranja e bergamota, resultando em frutas menores. As brotações novas estão enfrentando alta incidência de larva-minadora e pulgão, exigindo pulverizações frequentes com inseticidas, bioinsumos e caldas.

Na região de Erechim, o plantio de bergamota ultrapassou os 600 hectares, impulsionado pelos bons preços e pela instalação de uma indústria em Centenário. O crescimento da citricultura é notável em municípios como Mariano Moro (250 ha), Itatiba do Sul (150 ha) e Centenário (120 ha). As variedades mais cultivadas são Valência, Salustiana, Valência Late, Folha Murcha e Iapar.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

Sair da versão mobile