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Dólar apresenta queda no início da semana, com foco nas decisões de juros no Brasil e nos EUA

O dólar inicia a semana em baixa, recuando 0,51% nesta segunda-feira (17), cotado a R$ 5,7138. A movimentação ocorre em um cenário de expectativa pelas decisões sobre a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Na última sexta-feira (14), a moeda norte-americana já havia registrado queda de 1%, sendo cotada a R$ 5,7433.

No Brasil, o mercado aguarda a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para esta quarta-feira (19). A previsão é de que o Copom mantenha sua trajetória de aumento da taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, com a possibilidade de que a taxa atinja 14,25% ao ano, o maior nível desde o governo Dilma Rousseff.

A decisão do Copom ocorre no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciará sua própria política monetária. Nos EUA, espera-se que os juros permaneçam entre 4,25% e 4,50% ao ano.

A alta dos juros no Brasil e nos EUA é observada com atenção pelo mercado, uma vez que o comportamento das taxas impacta diretamente a inflação e a atividade econômica. Juros elevados podem conter a inflação, mas, ao mesmo tempo, desaceleram o crescimento econômico, reduzindo o consumo e os investimentos.

Cenário econômico brasileiro

Além da expectativa pelas decisões sobre os juros, o mercado também está atento à divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que, como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,9% em janeiro, o melhor resultado desde junho de 2024.

Porém, o cenário inflacionário continua sendo um desafio. Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,31%, refletindo a aceleração da inflação. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, projeta que a inflação brasileira encerrará 2025 com uma alta de 5,66%, um valor ainda acima do teto da meta do BC, que é de 3%.

Apesar das projeções de desaceleração econômica, as estimativas do Focus apontam para um crescimento de 1,99% do PIB em 2025. No entanto, a expansão do PIB será menor em relação ao crescimento observado em 2024.

Mercado externo e expectativas para os EUA

Externamente, o mercado também continua reagindo ao impacto do “tarifaço” promovido pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e analisa o “plano de ação especial” anunciado pela China, que visa estimular o consumo interno com medidas como o aumento da renda das famílias e a criação de subsídios para cuidados infantis.

Cotações do Mercado:

  • Dólar: cotado a R$ 5,7138 (-0,51%)
  • Ibovespa: registrou alta de 2,64% na sexta-feira, fechando aos 128.957 pontos

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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