Dólar opera em alta com atenção voltada para PIB brasileiro, medidas do governo e emprego nos EUA

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O dólar abriu o pregão desta sexta-feira (7) sob atenção do mercado para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro referente a 2024 e para novos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Paralelamente, investidores monitoram o impacto das medidas anunciadas pelo governo brasileiro para conter a inflação dos alimentos e as decisões recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas de importação.

Na sessão anterior, o dólar registrou leve alta de 0,02%, encerrando o dia cotado a R$ 5,7570. Com esse desempenho, a moeda acumulou uma desvalorização de 2,69% na semana e no mês, e perdas de 6,84% no ano.

Desempenho do Ibovespa

O índice Ibovespa retoma suas negociações a partir das 10h. Na véspera, a bolsa brasileira registrou alta de 0,25%, alcançando 123.358 pontos. No acumulado, o índice apresenta ganhos de 0,45% na semana e no mês, e valorização de 2,56% no ano.

Fatores que influenciam o mercado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira os resultados do PIB do quarto trimestre de 2024, bem como o crescimento acumulado do ano. As expectativas apontam para uma expansão de 4,1% da economia brasileira no período, superando as projeções iniciais, que indicavam um crescimento em torno de 2%.

A análise detalhada do PIB será fundamental para identificar os setores que impulsionaram a economia e aqueles que podem enfrentar uma desaceleração ao longo de 2025.

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho, fator determinante para as decisões futuras da política monetária do Federal Reserve (Fed).

Impacto das tarifas dos EUA

O mercado também segue atento às recentes medidas do presidente Donald Trump em relação às tarifas comerciais. Nesta quinta-feira (6), Trump decidiu adiar por mais um mês as taxas de 25% aplicadas sobre produtos importados do Canadá e do México, após reuniões com lideranças da indústria automotiva.

A política tarifária dos EUA tem gerado preocupação quanto ao impacto sobre a inflação global. O aumento dos custos de importação pode pressionar os preços de bens e insumos industriais, elevando a inflação americana e possivelmente influenciando futuras decisões do Fed sobre taxas de juros.

A perspectiva de um ambiente mais flexível nas relações comerciais dos EUA alivia a pressão sobre os mercados, reduzindo temores sobre um impacto inflacionário mais severo.

O vaivém das tarifas comerciais

Desde sua campanha eleitoral, Trump tem defendido tarifas sobre produtos importados, especialmente do Canadá, México e China. Ao assumir a presidência, ele impôs taxas de 25% sobre diversos produtos, postergando sua implementação para negociações bilaterais.

Nesta semana, a previsão era de que as tarifas entrassem em vigor, mas o governo americano recuou, suspendendo a cobrança para automóveis e outros produtos do acordo comercial da América do Norte. Além disso, Trump anunciou tarifas adicionais de 20% sobre produtos chineses e manteve a taxa de 25% sobre a importação de aço e alumínio.

A decisão pode impactar setores industriais em diversos países, incluindo o Brasil, que exporta aço para os EUA. As medidas fazem parte da estratégia de Trump para fortalecer a indústria americana, mas geram incertezas nos mercados globais e podem influenciar os preços das commodities.

Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio