Estudo australiano indica ligação entre colesterol e demência

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O colesterol pode estar associados ao maior risco de demência.

Um estudo australiano, publicado em uma conceituada revista científica de neurologia, revela que grandes variações nos níveis de colesterol podem aumentar significativamente o risco de perda cognitiva e demência em idosos.

Para chegar aos resultados, a pesquisa analisou, por quatro anos, dados de 9.846 idosos de, em média, 74 anos.

Os participantes foram submetidos de maneira periódica a exames de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos, e também a testes cognitivos anuais.

Os resultados mostraram que, entre os participantes com maiores variações no colesterol total, houve mais casos de demência: 11,3 casos por mil pessoas por ano de estudo; entre as pessoas do grupo com a menor variação, a incidência foi de 7,1 casos.

Considerando também fatores como idade, tabagismo e pressão alta, que podem interferir nos resultados, os pesquisadores concluíram que oscilações no colesterol total aumentaram o risco de demência em 60% e de declínio cognitivo em 23%.

Ainda de acordo com os cientistas, a variação mais prejudicial é a do LDL, o chamado colesterol ruim; variações de HDL, também conhecido como colesterol bom, e de triglicerídeos não tiveram o mesmo impacto.

Os cientistas ressaltam que, embora o estudo realizado não possa provar que as variações de colesterol causam demência, os resultados obtidos são suficientes para indicar que as oscilações podem afetar a saúde vascular cerebral, contribuindo para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Por isso, recomendam o monitoramento do colesterol como estratégia para identificar idosos com maior risco de demência.