Durante palestra nesta quarta-feira (26), na sequencia da programação do Show Safra Mato Grosso, o superintendente do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), Cleiton Gauer, apresentou um panorama detalhado da safra de soja 2023/24 no Estado, com dados levantados por meio do projeto IMEA em Campo, desenvolvido em parceria com a Aprosoja e o IAGRO. A proposta é oferecer um retrato fiel da realidade enfrentada pelos produtores rurais, trazendo informações com base em visitas técnicas realizadas diretamente nas propriedades.
De acordo com Gauer, a atual safra de soja foi marcada por resultados expressivos. O levantamento percorreu 31 mil quilômetros em 57 dias, cobrindo 802 áreas produtivas em diferentes regiões do Estado. “Foi uma safra muito interessante. O clima colaborou, fechamos um recorde de produtividade aqui no Estado, mais de 65 sacas de soja produzidas por hectare, e uma perspectiva de produção de 49,5 milhões de toneladas. Foi um recorde também de produção nessa temporada no Estado”, destacou.
A palestra também abordou o início da safra do milho e as incertezas que ainda rondam a cultura. Segundo Gauer, os próximos 15 a 20 dias serão decisivos para o desempenho do milho segunda safra. Ele explica que o produtor teve um atraso na semeadura da soja e, consequentemente, a colheita foi mais corrida. “Isso impactou a janela de milho segunda safra e traz alguns desafios porque as chuvas precisam continuar acontecendo para realmente consolidar a nossa produtividade em Mato Grosso”, explicou.
O superintendente reforçou que, apesar de o desempenho médio da soja ter sido satisfatório, algumas regiões do Estado enfrentaram adversidades. “Nós tivemos algumas inundações, um clima chuvoso com perda de qualidade de grãos. Isso ainda está em aberto para a segunda safra e como isso vai impactar na cultura do milho”, afirmou.
O projeto IMEA em Campo continuará com o mesmo formato na análise da safra de milho. As equipes técnicas irão a campo para coletar informações diretamente nas propriedades, o que permite ao instituto oferecer dados cada vez mais precisos e representativos da realidade dos produtores mato-grossenses. “Nosso objetivo é sempre fornecer uma base sólida de informação para orientar a tomada de decisão do produtor e para fortalecer a transparência do agronegócio no Estado”, finalizou Gauer.
Fonte: Verbo Press