Lugar de mulher é onde ela quiser, e não nas páginas policiais, afirma vereador Daniel Monteiro

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18/03/2025
Lugar de mulher é onde ela quiser, e não nas páginas policiais, afirma vereador Daniel Monteiro
Da Assessoria – Vereador Daniel Monteiro
Durante sessão na Câmara, o vereador Daniel Monteiro (Republicanos) fez um posicionamento contundente sobre a violência contra as mulheres, destacando o alarmante primeiro lugar de Mato Grosso no ranking nacional de feminicídios.
“Diante da presença da família de Emily, é impossível a gente falar de outro assunto que não seja a violência contra as mulheres”, iniciou Daniel.&nbsp
Ele lembrou um vídeo recente publicado em suas redes sociais, no qual já havia comentado sobre o crescimento desse tipo de crime no estado.
O vereador fez uma comparação com a economia de Mato Grosso, que lidera a produção de soja, algodão e carne bovina, mas já enfrentou dificuldades na educação.&nbsp
“Eu dizia, quando estava na educação, que não bastava Mato Grosso ser campeão na produção agrícola e ocupar o 22º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Graças à competência de muitos servidores, viramos esse jogo e hoje estamos no 8º lugar”, ressaltou.&nbsp
No entanto, ele destacou que, enquanto a educação avançou, outro índice vergonhoso tomou protagonismo.&nbsp
“Hoje temos mais um ranking que nos envergonha: o primeiro lugar em mortes de mulheres por serem mulheres ou por estarem em relacionamentos abusivos.”
O republicano enfatizou a importância da Lei Maria da Penha e da legislação sobre feminicídio, mas alertou que o Brasil ainda enfrenta dificuldades para garantir a proteção efetiva das mulheres.&nbsp
“A lei coloca a mulher em seu devido lugar no ordenamento jurídico, com prioridade, reconhecendo sua vulnerabilidade e respeitando o princípio da isonomia previsto na Constituição. Mas, na prática, não vemos isso no dia a dia”, afirmou.
O parlamentar destacou o esforço das forças policiais no combate à violência contra a mulher, mas reconheceu as limitações da repressão isolada.&nbsp
“Minha família advoga para mais de 900 policiais há 30 anos. Se tem alguém que pode falar de polícia, sou eu nesta Casa. Mas eu sei que o trabalho dos senhores sozinho não é o bastante”, declarou.
Para o vereador, a sociedade precisa deixar claro que a violência contra a mulher não será tolerada.&nbsp
“Não é ok agredir mulheres. Não é ok ofender mulheres. Depois do ‘não’, tudo é assédio. O que precisamos garantir não é só o tamanho da pena, mas a certeza de que ela será aplicada”, defendeu.

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT