Mercado de Milho: Preços Variados e Expectativas para a Safra

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No estado do Rio Grande do Sul, os preços do milho apresentam variação positiva, com aumentos entre R$ 1,00 e R$ 3,00 nas indústrias e R$ 1,00 no preço da pedra, de acordo com a TF Agroeconômica. As compras das indústrias incluem os seguintes valores: Santa Rosa (R$ 74,00), Ijuí (R$ 74,00), Não Me Toque (R$ 75,00), Marau (R$ 76,00), Gaurama (R$ 76,00), Arroio do Meio (R$ 77,00), Lajeado (R$ 77,00), Seberi (R$ 75,00) e Montenegro (R$ 78,00). Os armazenadores, por sua vez, realizam vendas conforme os produtores negociam. Até o momento, mais de 50% da produção já foi comercializada no estado, com preços variando entre R$ 73,00 e R$ 77,00. Os preços das pedras em Panambi também subiram para R$ 68,00 a saca.

Em Santa Catarina, o mercado apresenta tendências de alta. As cooperativas locais estão oferecendo preços de R$ 70,00 em Campo Alegre, R$ 68,00 em Papanduva, R$ 72,00 no Oeste e R$ 72,00 na região serrana. No porto, as ofertas variam entre R$ 72,00 para entrega em agosto com pagamento até 30 de setembro e R$ 73,00 para entrega em outubro com pagamento até 28 de novembro.

Em contraste, o mercado de exportação no porto de Paranaguá, no Paraná, apresenta quedas. As ofertas para o milho spot giram em torno de R$ 72,00/saca no interior. Para a safrinha, as ofertas nos portos de Paranaguá são: R$ 70,50 com entrega em agosto e pagamento até 30 de setembro, R$ 71,50 com entrega em setembro e pagamento até 30 de outubro, R$ 72,50 com entrega em outubro e pagamento até 30 de novembro, e R$ 73,40 com entrega em novembro e pagamento até 30 de dezembro.

No Mato Grosso do Sul, o plantio ainda está em atraso. O mercado está funcionando em ritmo reduzido, e as cotações no mercado físico apresentaram aumento de 2,94% em Campo Grande, alcançando R$ 70,00. Outras praças do estado, como Chapadão, Dourados e Maracaju, também registraram variações, com aumentos de 5,19%, 2,53% e 2,94%, respectivamente. No entanto, cidades como Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia apresentaram preços mais baixos, com a cotação atingindo R$ 66,00.

Milho na B3 e Expectativas para o Mercado Internacional

A Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) registrou uma leve correção nos preços do milho, após uma queda acentuada no dia anterior, conforme a TF Agroeconômica. O contrato de maio, o primeiro disponível para negociação, ainda fechou com uma leve queda, mas outros vencimentos apresentaram alta. O mercado nacional continua atento à guerra tarifária nos Estados Unidos, que pode impulsionar a demanda externa pelo milho brasileiro. Com a demanda tanto interna quanto externa aquecida, há espaço para que os preços do milho se mantenham estáveis ou até mesmo apresentem alta. No entanto, a indústria de ração poderá buscar alternativas se os preços subirem muito.

As cotações futuras do milho registraram variações mistas. O vencimento de março/25 foi cotado a R$ 88,69, com alta de R$ 1,23 no dia e R$ 2,28 na semana. Já o vencimento de maio/25 fechou a R$ 79,45, com uma leve queda de R$ -0,10 no dia e -R$ 2,27 na semana. O vencimento de julho/25 fechou a R$ 72,02, com alta de R$ 0,16 no dia, mas queda de R$ -1,34 na semana.

No mercado internacional, em Chicago, o milho fechou em baixa devido a tarifas e à decepção com o relatório WASDE. A cotação de maio, referência para a safra de verão no Brasil, caiu 2,02%, ou US$ 9,50 cents/bushel, fechando a US$ 460,75. A cotação para o mês de maio também registrou queda de 1,99%, ou US$ 9,50 cents/bushel, indo para US$ 467,50. A queda nos preços é atribuída à não redução dos estoques de milho nos Estados Unidos, em um momento em que a nova safra está prestes a ser semeada, com aumento da área plantada. A guerra tarifária também pode levar à imposição de taxas sobre o milho americano pela Europa, Canadá e México a partir de abril, afetando as perspectivas do mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio