A semana foi marcada por uma queda nos preços da carne suína, tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes comercializados no atacado. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o mercado enfrentou um ambiente acirrado, com frigoríficos demonstrando cautela em relação aos preços praticados.
Segundo Maia, os frigoríficos monitoraram atentamente a oferta disponível no mercado. “O atacado está atravessando um período desafiador, com os cortes apresentando dificuldades em termos de valorização e sem perspectivas de recuperação no curto prazo”, afirmou.
No que diz respeito ao consumo, Maia destacou que a demanda final pode apresentar alguma melhora na primeira quinzena de abril, impulsionada pela entrada de salários na economia. “Os suinocultores independentes estão preocupados, já que, além da pressão sobre os preços do quilo vivo, os custos de produção seguem elevados, comprimindo as margens da atividade”, completou.
Desempenho dos Preços
Levantamento da Safras & Mercado apontou que o preço médio do quilo do suíno vivo no Brasil registrou queda de 3,05% na semana, encerrando a R$ 7,62. No atacado, o pernil recuou de R$ 14,05 para R$ 13,78, enquanto a carcaça passou de R$ 12,78 para R$ 12,29.
A análise semanal também revelou retração na arroba suína em São Paulo, que caiu de R$ 165,00 para R$ 157,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo manteve-se em R$ 6,60 na integração, mas recuou de R$ 8,35 para R$ 8,15 no mercado livre.
Em Santa Catarina, o preço da integração permaneceu em R$ 6,60, enquanto no interior caiu de R$ 8,25 para R$ 8,00. No Paraná, a cotação no mercado livre recuou de R$ 8,30 para R$ 8,10, mantendo-se em R$ 6,65 na integração.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande caiu de R$ 8,00 para R$ 7,65, enquanto a integração seguiu em R$ 6,60. Em Goiânia, os preços recuaram de R$ 8,20 para R$ 7,80. Em Minas Gerais, as cotações passaram de R$ 8,60 para R$ 8,00 no interior e de R$ 8,80 para R$ 8,20 no mercado independente. No Mato Grosso, o quilo vivo em Rondonópolis desvalorizou de R$ 8,10 para R$ 7,70, enquanto na integração permaneceu em R$ 7,05.
Exportações em Alta
Apesar do cenário doméstico desafiador, as exportações de carne suína “in natura” apresentaram resultados positivos. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil exportou um total de 51,509 mil toneladas em março (8 dias úteis), gerando uma receita de US$ 130,893 milhões, com uma média diária de US$ 16,361 milhões. O preço médio da carne suína exportada ficou em US$ 2.541,1 por tonelada.
Na comparação com março de 2024, houve um crescimento expressivo de 82,8% no valor médio diário das exportações, um aumento de 63,5% na quantidade média diária embarcada e uma elevação de 11,8% no preço médio da tonelada.
Com um mercado interno pressionado e um avanço nas exportações, o setor suinícola segue monitorando os próximos movimentos de demanda e oferta para ajustar sua estratégia e enfrentar os desafios impostos pelo atual cenário econômico.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio