Os mercados acionários da China e de Hong Kong registraram quedas nesta segunda-feira, seguindo uma tendência de retração nos mercados asiáticos em geral, à medida que cresciam as preocupações com o possível anúncio de tarifas adicionais pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para o dia 2 de abril.
O índice CSI300, que reúne as maiores empresas de Xangai e Shenzhen, recuou 0,71%, enquanto o índice SSEC, de Xangai, perdeu 0,46%, ambos atingindo seus menores níveis em quase um mês. Os setores de bens de consumo básicos e imobiliário lideraram as quedas no país, com perdas de 1,2% e 2%, respectivamente.
Por outro lado, o índice bancário do CSI teve um desempenho positivo, subindo 0,3%, impulsionado pela valorização das ações dos grandes bancos estatais da China.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou uma queda de 1,31%, atingindo o menor patamar desde 4 de março. O índice de tecnologia do Hang Seng também foi afetado, caindo mais de 2%, alcançando o nível mais baixo em um mês e meio. Esse movimento foi influenciado pela expectativa do anúncio de tarifas que afetariam todos os produtos importados da China, conforme indicou Trump no último fim de semana.
Analistas do Citi destacaram que a China está passando por um “teste de estresse”, com os mercados aguardando que Trump implemente novas tarifas recíprocas no próximo mês. Apesar disso, o índice Hang Seng apresentou um avanço de 15,3% neste trimestre, impulsionado pelo otimismo em torno da indústria de inteligência artificial da China, especialmente com o progresso da empresa DeepSeek, tornando-se um dos melhores desempenhos nos mercados globais.
Nos demais mercados asiáticos, os índices também enfrentaram retrações. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 4,05%, fechando aos 35.617 pontos. Em Seul, o índice KOSPI desvalorizou-se 3%, a 2.481 pontos, enquanto em Taiwan, o índice TAIEX recuou 4,20%, marcando 20.695 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 teve uma perda de 1,74%, a 7.843 pontos. O índice de Cingapura, Straits Times, permaneceu fechado.
A expectativa de novos desafios econômicos, especialmente em relação às tarifas, segue pesando sobre os mercados financeiros da região.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio