Oferta global maior pressiona preços do trigo, e Chicago fecha em queda

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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerrou o pregão desta terça-feira com forte desvalorização nos contratos futuros do trigo. O mercado foi impactado pelos indicativos de uma oferta global maior, conforme apontado pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os contratos já vinham sendo pressionados por um movimento de correção, após atingirem, na sessão anterior, o maior patamar desde 28 de fevereiro. Apesar da escassez de chuvas em algumas regiões dos Estados Unidos e da Rússia, e das expectativas de desaceleração nas exportações russas, os preços do cereal russo continuaram em queda. Esse movimento é resultado da perda de competitividade do produto após as sucessivas valorizações registradas em meio às restrições de oferta.

USDA revisa projeção de estoques e produção

Os investidores analisaram os dados do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que indicou estoques finais nos Estados Unidos para a safra 2024/25 significativamente acima das previsões do mercado. Houve ainda uma redução na projeção das exportações norte-americanas. Além disso, os estoques globais também superaram as estimativas iniciais, acompanhados por uma previsão de maior produção mundial na safra 2024/25.

A produção global de trigo para a temporada 2024/25 foi estimada em 797,23 milhões de toneladas, acima das 793,79 milhões projetadas em fevereiro. Para a safra 2023/24, a previsão permaneceu em 789,89 milhões de toneladas. Os estoques finais globais para 2024/25 foram ajustados para 260,08 milhões de toneladas, superando a estimativa de fevereiro, de 257,56 milhões de toneladas. O mercado esperava um volume de 257,5 milhões de toneladas. Para a safra anterior, os estoques finais foram estimados em 269,5 milhões de toneladas.

Nos Estados Unidos, a produção de trigo para 2024/25 foi mantida em 1,971 bilhão de bushels, a mesma previsão de fevereiro. Para a safra 2023/24, a produção foi estimada em 1,804 bilhão de bushels. Os estoques finais para 2024/25 foram projetados em 810 milhões de bushels, acima dos 794 milhões estimados anteriormente. O mercado esperava um volume de 796 milhões de bushels. Na safra 2023/24, os estoques finais ficaram em 696 milhões de bushels.

Desempenho dos contratos

Os contratos com vencimento em maio de 2025 fecharam cotados a US$ 5,56 3/4 por bushel, registrando uma queda de 5,75 centavos de dólar, ou 1,02%, em relação ao fechamento anterior. Já os contratos para julho de 2025 encerraram o pregão a US$ 5,71 3/4 por bushel, com recuo de 5,50 centavos de dólar, ou 0,95%.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio