O controle eficiente de pragas agrícolas e o futuro das biotecnologias em sistemas produtivos estiveram em foco na tarde desta quinta-feira (27), durante o painel Cenário de Pragas; Pressão sobre biotecnologias e desafios para o manejo futuro, promovido dentro da programação técnica do Show Safra MT. Com a presença de especialistas e um público atento, o encontro trouxe importantes reflexões sobre a dinâmica populacional de pragas nas lavouras de soja, milho e algodão.
A pesquisadora Jéssica Gorri, entomologista da Fundação Rio Verde, apresentou dados e experiências baseados em pesquisas desenvolvidas a partir das demandas de produtores e empresas do setor. Segundo ela, o trabalho da fundação busca respostas práticas e sustentáveis para o controle de pragas, que representam um dos principais desafios fitossanitários do agronegócio. “As nossas pesquisas são motivadas pelas dúvidas dos produtores. Tentamos sempre entender a dinâmica dessas pragas para chegar a soluções eficientes e estratégicas, com controle assertivo”, explicou.
Jéssica destacou que a presença de pragas na lavoura não deve ser motivo para pânico, desde que haja monitoramento constante e manejo adequado. “Nunca vamos eliminar 100% das pragas. O que fazemos é manejá-las em níveis que não comprometam a produtividade. Os insetos evoluem e se adaptam rapidamente, por isso o monitoramento é essencial para acertar o momento da aplicação e garantir que o impacto seja o menor possível”, afirmou.
A pesquisadora também celebrou a presença de jovens e estudantes no painel, muitos dos quais participaram ativamente, registrando as informações apresentadas. “É muito gratificante ver a força jovem interessada e participativa. É uma das missões da fundação: compartilhar conhecimento e incentivar o envolvimento das novas gerações”, pontuou.
Além de Jéssica Gorri, também participou do painel Tatiane Lobac, entomologista da Fundação Chapadão, que abordou a dinâmica populacional das pragas e os impactos da pressão sobre as biotecnologias. Ambas as especialistas reforçaram a necessidade de estratégias integradas de controle e da contínua atualização de profissionais do campo, técnicos e produtores.
Mesmo com o fim do evento se aproximando, Jéssica lembrou que a atuação da equipe de pesquisa da Fundação Rio Verde segue intensa durante todo o ano. “O Show Safra é um momento importante para apresentar o que desenvolvemos, mas nossa atuação em campo é contínua. Seguimos pesquisando, monitorando e auxiliando os produtores ao longo de todo o ciclo das culturas”, concluiu.
Fonte: Verbo Press