Preço mínimo para safra 2025/26 de café, laranja, sisal e trigo é atualizado pela Conab

0
25

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou os preços mínimos para diversos produtos agrícolas da safra 2025/26, incluindo café, laranja, sisal e trigo. A medida foi formalizada na Portaria MAPA nº 780, de 10 de março de 2025, publicada no Diário Oficial da União na terça-feira (11), com base em uma proposta da Conab submetida ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). A definição dos preços seguiu discussões no Conselho Monetário Nacional (CMN).

De acordo com os valores divulgados, o preço mínimo para o café arábica da safra 2025/26 foi fixado em R$ 662,04 para a saca de 60 quilos, representando um aumento de 3,78% em relação à safra anterior. Para o café conilon, o reajuste foi de 17,89%, com o valor da saca de 60 quilos estabelecido em R$ 498,79. Esses aumentos refletem a variação nos custos de produção do grão, que foram impactados por condições climáticas adversas, como geadas, escassez hídrica e altas temperaturas registradas ao longo de 2023.

As pesquisas realizadas pelos técnicos da Conab para a apuração dos custos de produção do café arábica abrangeram dez municípios localizados em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Goiás. No caso do café conilon, as observações foram feitas em sete praças de produção situadas no Espírito Santo, Bahia e Rondônia.

No setor de frutas, a nova cotação da laranja in natura, com preço mínimo para a caixa de 40,8 quilos, foi ajustada para R$ 25,19 no Rio Grande do Sul, um aumento de 17% em comparação ao período anterior. Nos demais estados, o valor mínimo foi fixado em R$ 28,44, o que representa um acréscimo de 19,35%.

Para o sisal, a atualização dos preços mínimos para a fibra bruta desfibrada, comercializada na Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte, foi de 8,2%, passando para R$ 4,09 o quilo. Já o preço da fibra beneficiada registrou um aumento de 7,76%, com o valor de R$ 4,72 o quilo.

Quanto ao trigo, os preços mínimos variam conforme a destinação do produto, com classificações que vão de 1 a 3, e de acordo com a região produtora. Para o trigo semeado no Rio Grande do Sul, os preços se mantiveram estáveis em relação à safra anterior. Já para os grãos cultivados no Sudeste, Centro-Oeste e Bahia, houve uma alta de 3% nas cotações. Para a semente de trigo, o preço mínimo permaneceu inalterado em R$ 3,22 o quilo.

Esses preços mínimos são utilizados como referência nas operações da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que assegura uma remuneração mínima aos produtores rurais. Anualmente atualizados, esses valores também servem para orientar a decisão de plantio dos produtores e demonstram o compromisso do Governo Federal em intervir no mercado, garantindo a compra ou subvenção dos produtos agrícolas caso seus preços de mercado fiquem abaixo dos valores estabelecidos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio