A safra brasileira de soja para 2024/25 deve atingir 165,9 milhões de toneladas, registrando uma redução de 2,3 milhões de toneladas em relação à previsão anterior, segundo estimativas da consultoria AgRural. A queda reflete os impactos da seca no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a expectativa de produção caiu para 15 milhões de toneladas – uma retração de 3 milhões de toneladas. De acordo com a analista da AgRural, Alaide Ziemmer, se as condições climáticas não melhorarem, novas revisões podem ser necessárias.
Apesar desse ajuste, o Brasil ainda caminha para um volume recorde na produção de soja, impulsionado pelo desempenho de Mato Grosso. O estado, maior produtor nacional, deve alcançar 49,5 milhões de toneladas, superando inclusive a Argentina, cuja produção está projetada em 48,6 milhões de toneladas.
No mercado de milho, a AgRural manteve sua estimativa para a segunda safra no Centro-Sul em 87,9 milhões de toneladas, apesar de algumas preocupações com chuvas irregulares em determinadas regiões. Já a produção total de milho no país foi revisada para 121,8 milhões de toneladas, um leve aumento em relação à previsão anterior de 121,2 milhões de toneladas.
“Vemos relatos de quedas significativas nos rendimentos, e novos cortes podem ocorrer. Quando fizemos a projeção em 17 de março, esperávamos chuvas em algumas áreas, mas elas não se concretizaram”, explicou Alaide Ziemmer. Ainda assim, Mato Grosso apresentou produtividade recorde, com um crescimento de 357 mil hectares na área plantada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
