Os recentes temporais que atingiram o norte de Santa Catarina deixaram um rastro de destruição no campo, impactando a produtividade de pequenos e médios produtores. Segundo a Secretaria da Agricultura e Pecuária do estado, os fortes ventos e o excesso de chuvas danificaram lavouras de milho, feijão, banana e hortaliças, aumentando a preocupação quanto à recuperação das áreas afetadas.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que os agricultores adotem práticas de manejo pós-estresse climático para reduzir os impactos e restaurar o equilíbrio do solo e das plantas. Entre as estratégias fundamentais estão a avaliação imediata dos danos, a reposição de nutrientes e o uso de bioestimulantes que auxiliam na regeneração das culturas.
“Após eventos climáticos severos, o primeiro passo é avaliar os estragos e identificar as áreas com potencial de recuperação. O manejo correto pode evitar perdas adicionais e garantir que a lavoura retome seu máximo potencial produtivo”, explica Julia Savieto, agrônoma e coordenadora técnica de mercado da Nitro, empresa brasileira especializada em insumos agrícolas biológicos e de nutrição. Segundo ela, o uso de bioestimulantes e fertilizantes de alta eficiência desempenha um papel essencial nesse processo. “A aplicação de produtos ricos em aminoácidos e extratos vegetais fortalece as plantas e melhora a absorção de nutrientes, ajudando na retomada do desenvolvimento”, acrescenta.
Além da recuperação fisiológica das culturas, os agricultores devem ficar atentos ao aumento da incidência de doenças após períodos de alta umidade e precipitações intensas. O monitoramento de fungos e bactérias deve ser intensificado, e práticas preventivas, como o uso de fungicidas e biodefensivos, podem evitar novas perdas.
Outro desafio enfrentado pelos produtores é o estresse causado pelo déficit hídrico e pelas temperaturas elevadas, que comprometem culturas como soja e milho. A recuperação dessas plantações exige a mitigação dos estresses oxidativos. “Quando a lavoura passa por um estresse severo, há um aumento da produção de radicais livres que aceleram a degradação celular. O uso de antioxidantes e aminoácidos pode minimizar esses efeitos e ajudar as plantas a se recuperarem”, pontua a especialista.
Para lavouras que sofreram impactos severos, seja por estiagem, calor extremo, granizo ou tempestades, é essencial reavaliar o planejamento agrícola e adotar estratégias que minimizem riscos futuros. Entre as medidas sugeridas estão o investimento em ferramentas que favorecem o enraizamento e uma nutrição equilibrada, tornando as plantas mais resistentes a eventos climáticos adversos, além da implementação de sistemas de irrigação eficientes e práticas conservacionistas para melhorar a estrutura do solo.
Com as mudanças climáticas impondo desafios cada vez maiores ao setor agrícola, a rápida resposta dos produtores diante desses eventos é essencial para garantir a viabilidade da produção. “A agricultura exige resiliência e adaptação constante. Com o manejo correto e o suporte técnico adequado, é possível recuperar áreas afetadas e minimizar prejuízos, garantindo uma produção mais sustentável e segura para os próximos ciclos”, conclui Savieto.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio