O aumento expressivo dos pedidos de recuperação judicial no Brasil em 2025 reflete a persistência da crise econômica e os desafios enfrentados por empresas de diversos setores. Para Denis Barroso, especialista em recuperação empresarial, esse cenário resulta da lenta recuperação do mercado no pós-pandemia, agravada por oscilações políticas e econômicas globais. Muitas companhias operam no vermelho, recorrendo a empréstimos para evitar o fechamento, mas o alto custo do crédito e a estagnação do consumo dificultam a retomada.
Benito Pedro, especialista em reestruturação empresarial, alerta que a recuperação judicial não deve ser a única solução. Ele destaca a importância de considerar reestruturações internas e negociações diretas com credores antes de recorrer ao processo formal. Segundo ele, varejistas e empresas de serviços estão entre os segmentos mais afetados, pois a retomada das vendas ainda não gera fluxo de caixa suficiente para cobrir as dívidas, especialmente diante da alta dos juros.
“O mercado brasileiro, assim como muitos países, tem encontrado grandes dificuldades para se recuperar pós-pandemia. As incertezas políticas e econômicas globais também impactam o cenário interno. Nos últimos anos, muitas empresas sobreviveram operando no vermelho e recorrendo a crédito para evitar o encerramento das atividades”, explica Barroso.
Diante desse contexto, a crise exige das organizações uma gestão mais estratégica e cautelosa. Barroso ressalta que nenhuma empresa está imune a dificuldades financeiras e que investir em planejamento e controle é essencial para evitar problemas mais graves. Para Pedro, contar com assessoria especializada e explorar alternativas como renegociação de dívidas ou atração de investidores pode ser decisivo para evitar a recuperação judicial.
O crescimento dos pedidos de recuperação judicial no Brasil reforça a necessidade de adaptação das empresas a um ambiente econômico desafiador. Apesar das adversidades, companhias que revisarem suas estratégias e fortalecerem sua gestão financeira podem não apenas superar a crise, mas também sair fortalecidas deste período turbulento.
“Além da recuperação judicial, é fundamental que as empresas busquem alternativas, como negociação direta com credores e captação de investimentos, sempre com o suporte de profissionais especializados. O acompanhamento técnico permite compreender as opções disponíveis e tomar decisões mais seguras em um momento de crise”, conclui Benito Pedro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio