Os preços do trigo apresentaram alta significativa nesta semana, tanto no mercado internacional quanto no Brasil. Segundo dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), referentes ao período de 14 a 20 de março, o bushel encerrou o pregão da última quinta-feira (20) em US$ 5,57 na Bolsa de Chicago, acima dos US$ 5,47 registrados na semana anterior. Desde o início do mês, a cotação oscilou entre US$ 5,18 e US$ 5,68.
No mercado doméstico, a oferta restrita de trigo de qualidade impulsionou os preços. No Rio Grande do Sul, as médias de balcão variaram entre R$ 71,00 e R$ 73,00 por saca, enquanto no Paraná, os valores ficaram entre R$ 77,00 e R$ 78,00. Além disso, a valorização do real nas últimas semanas tem levado os compradores a ampliar as importações.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um crescimento de 15,6% na produção nacional de trigo em 2025, podendo atingir 9,1 milhões de toneladas, desde que as condições climáticas sejam favoráveis. A produtividade deve aumentar 18%, alcançando 3.040 quilos por hectare, enquanto a área plantada pode registrar uma retração de 2,1% devido a incertezas climáticas e de mercado. No Rio Grande do Sul, a redução pode chegar a 3,8%, e no Paraná, a 2,3%. Caso o clima não favoreça a cultura, a produção pode se manter no patamar de 2024, estimado em 7,9 milhões de toneladas.
Dados preliminares da balança comercial apontam que, nos primeiros 15 dias úteis de fevereiro de 2025, o Brasil importou 336,6 mil toneladas de trigo, enquanto as exportações somaram 567,1 mil toneladas no mesmo período. Para a safra 2025/26, a estimativa de importação foi reduzida de 5,8 milhões para 5,6 milhões de toneladas, caso a produção nacional atinja os 9,1 milhões de toneladas projetados. Os estoques finais podem encerrar o período em 1,73 milhão de toneladas, segundo a CEEMA.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio