Os principais índices futuros de Wall Street operavam em alta nesta quarta-feira, impulsionados pela sinalização de um possível alívio tarifário por parte do governo dos Estados Unidos. A recuperação ocorre após uma sessão de perdas na véspera, refletindo o impacto das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aos principais parceiros comerciais do país.
Na terça-feira, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que Trump está considerando flexibilizar as tarifas de 25% aplicadas sobre importações do Canadá e do México, desde que estejam em conformidade com o acordo de livre comércio entre as três nações.
O otimismo do mercado foi refletido no desempenho das montadoras durante as negociações do pré-mercado: a Ford avançava 2,6%, a General Motors registrava alta de 5,4% e a Tesla subia 1,8%, após quedas expressivas na sessão anterior.
“Se a proposta de Lutnick para aliviar as tarifas sobre Canadá e México se concretizar, isso reduziria algumas de nossas preocupações”, avaliou Mohit Kumar, economista-chefe para a Europa da Jefferies.
Outro fator que contribuiu para a melhora do humor dos investidores foi o compromisso de Trump em estender os cortes de impostos implementados em 2017. O presidente reiterou sua intenção durante um discurso ao Congresso na terça-feira, enfatizando que “a América está de volta”, reforçando a confiança do mercado.
Os índices futuros refletiam esse otimismo: o S&P 500 avançava 0,6%, o Nasdaq 100 registrava alta de 0,75% e o Dow Jones subia 0,57%.
Apesar do movimento positivo, a guerra comercial global continua no radar. Na terça-feira, Trump voltou a intensificar tensões ao justificar as tarifas como uma resposta a controles fronteiriços ineficazes. Analistas alertam que suas políticas comerciais podem elevar pressões inflacionárias, desacelerar a economia e impactar os lucros das empresas, especialmente em um momento de sinais de arrefecimento econômico.
No campo dos indicadores, o mercado aguarda nesta quarta-feira a divulgação do relatório da ADP sobre o setor privado e os dados da pesquisa do setor de serviços do ISM, que podem influenciar as expectativas para a economia norte-americana.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio