O senador Márcio Bittar (União-AC), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (22), questionou as críticas feitas ao Brasil por dois cientistas que, em artigo publicado na revista Science, acusaram o país de não ter liderado pelo exemplo na questão ambiental durante a COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Dubai, em 2023. O parlamentar criticou o que chamou de tratamento desigual ao comparar o Brasil com outros anfitriões da conferência.
— Quando a COP foi em Dubai, Dubai liderou pelo exemplo? Alguém fez crítica a Dubai, que vive de petróleo? Não. Ninguém falou nada. Aliás, é uma contradição. Eu vi camisas, escritas com o slogan da COP em Dubai, falando do ar livre, da atmosfera sem CO2 e, embaixo, Dubai, quer dizer. É impressionante! — questionou.
O senador também contestou os ataques direcionados a ministérios do governo federal, como o da Agricultura e o da Ciência e Tecnologia, e afirmou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido poupada injustamente. Segundo ele, Marina tem influência internacional, mas não conseguiu evitar o aumento das queimadas e do desmatamento no Brasil.
Além disso, Bittar voltou a defender a pavimentação da BR-319 e a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ele criticou ONGs e estudos ambientais que, segundo ele, ignoram a população amazônica. Também questionou as projeções científicas que associam mudanças no bioma amazônico a alterações climáticas no país, classificando-as como sem fundamento. O senador rejeitou a tese dos “rios voadores” e disse que a umidade da região vem do oceano.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado