A Castrolanda está intensificando sua presença no setor de suinocultura pouco mais de um ano após a assinatura do acordo de intercooperação entre a Aurora Coop e a Unium, que resultou na aquisição da unidade industrial de carnes de Castro – a Alegra. Antes da operação, a unidade era administrada em conjunto pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal. Desde então, as três passaram a compor o quadro de cooperadas da Aurora Coop.
Em meio ao processo de expansão, a Castrolanda busca produtores interessados em ampliar suas estruturas de terminação ou investir em novas instalações, com o objetivo de acomodar 50 mil leitões até setembro de 2026.
Expansão estruturada
Atualmente, a cooperativa conta com seis Unidades de Produção de Leitões (UPLs), totalizando 19 mil matrizes. Ao todo, 86 cooperados participam da fase de engorda dos animais durante cerca de 120 dias, antes de encaminhá-los ao abate, realizado pelo Sistema Aurora.
De acordo com Euler Kiefer, coordenador de produção de suinocultura da Castrolanda, a maior parte dos cooperados atua na etapa de engorda/terminação. A meta para 2024 é atingir 186 mil espaços de engorda em 91 propriedades. “No ano passado, tínhamos 100 mil lugares e, até o final deste ano, vamos alcançar 190 mil. Isso significa que praticamente dobramos o número de granjas em um curto período”, destaca.
Kiefer observa que a integração à Aurora fortaleceu a cadeia suinícola da região. A cooperativa nacional conta com 13 filiadas, somando aproximadamente 330 mil matrizes e cerca de 3 milhões de espaços de terminação.
A área de atuação da suinocultura da Castrolanda abrange os municípios de Castro, Piraí do Sul, Ipiranga e Prudentópolis (PR). A cota da cooperativa junto à Aurora representa 50% da produção da região, com previsão de abater 444 mil animais em 2024. As cooperativas Frísia e Capal possuem participação de 25% cada. Para 2027, a meta da Castrolanda é entregar 535,5 mil animais para abate.
Apoio ao produtor e financiamentos
Com o objetivo de facilitar a ampliação das estruturas produtivas, a Castrolanda e a Aurora estabeleceram uma parceria com o Sicoob para viabilizar o financiamento de novas instalações. Os modelos de estrutura, equipamentos e dimensionamento deverão seguir as normas técnicas exigidas pela Aurora.
“Com a transição para o Sistema Aurora, alguns produtores ficaram apreensivos com as adequações. Entretanto, a assistência técnica tem atuado de forma próxima aos cooperados para garantir que os padrões sejam atendidos. São investimentos acessíveis e que aumentam significativamente a eficiência da produção e a conformidade com os requisitos dos mercados compradores”, explica Kiefer.
Desde o início da parceria com a Aurora, a adesão entre os cooperados da Castrolanda tem crescido de forma expressiva. Atualmente, 100% deles estão inseridos no Sistema Aurora, em 69 propriedades. Os produtores interessados em participar do sistema devem procurar a assistência técnica da cooperativa, que apresentará os padrões construtivos exigidos. As condições de financiamento podem ser consultadas diretamente com o setor financeiro da Castrolanda.
Experiência positiva no campo
A transição para o Sistema Aurora foi bem recebida por produtores como o casal Julia Elisabeth Huben Gradiz e Wilson dos Santos Gradiz, cooperados da Castrolanda há cerca de quatro anos. Localizada em Castro, a propriedade da família possui capacidade para engorda de 500 suínos.
“Ficamos apreensivos no início, especialmente com as mudanças na formulação da ração. O primeiro lote foi mais difícil, mas conseguimos nos adaptar e, no segundo, já estava tudo mais equilibrado. Mantivemos nossa estrutura e a forma de manejo dos animais”, relata Julia.
Entre as exigências da Aurora, esteve a contratação de seguro para a propriedade, algo que a família ainda não possuía. “Foi nossa sorte, porque em fevereiro um vendaval derrubou uma árvore sobre uma das granjas, e o seguro cobriu todos os prejuízos. É importante entender que essas exigências existem para garantir a sustentabilidade da produção e a segurança do produtor”, avalia.
Wilson complementa destacando a importância de acompanhar as mudanças com resiliência. “É preciso seguir em frente, escutar os técnicos da Castrolanda e da Aurora e aplicar as orientações. Estamos nos adaptando bem e fazendo o nosso melhor”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio