Chuva e clima ameno devem impulsionar segunda safra de milho em 2025

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Condições climáticas favoráveis para a safrinha

A segunda safra de milho de 2025, conhecida como “safrinha”, tende a se desenvolver sob condições climáticas mais favoráveis em comparação ao mesmo período do ano anterior nos estados do Mato Grosso e Goiás. A análise é da Nottus, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, que aponta a influência de massas de ar frio no Sul do Brasil como fator que poderá estimular o avanço de frentes frias até o Centro-Oeste, beneficiando o ciclo da cultura.

Impacto das chuvas em maio

De acordo com Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus, a ocorrência de episódios de chuva em maio, ainda que de fraca intensidade, é decisiva para as fases finais do ciclo do milho, como a floração e o enchimento de grãos. “Essas precipitações auxiliam, sobretudo, as lavouras que foram semeadas fora da janela ideal de plantio”, destaca a especialista.

Temperaturas mais amenas favorecem o desenvolvimento

Além das chuvas, a queda gradual das temperaturas noturnas ao longo de abril também contribui positivamente para o desenvolvimento das lavouras. Segundo Desirée, a redução das temperaturas favorece o metabolismo do milho e a formação de orvalho nas primeiras horas da manhã, proporcionando uma fonte adicional de umidade, especialmente em períodos de estiagem.

Perspectivas para o Paraná e Mato Grosso do Sul

Nas áreas produtoras do Paraná e do Mato Grosso do Sul, a previsão é de volumes de chuva dentro da média histórica. A Nottus alerta para a necessidade de atenção ao avanço de massas de ar frio a partir da segunda quinzena de maio. “Embora possa haver períodos com redução das chuvas, não se espera escassez extrema ao longo do ciclo da cultura”, afirma Desirée Brandt.

Influência do enfraquecimento do La Niña

O cenário climático em 2025 será diferente daquele registrado em 2024, marcado pelo El Niño. Com o enfraquecimento do La Niña e a tendência de neutralidade nas águas do Oceano Pacífico, espera-se maior propagação de massas de ar frio de origem polar a partir de maio. Apesar disso, a previsão da Nottus não indica um inverno rigoroso.

Risco de geadas e atenção às fases críticas da lavoura

A meteorologista ressalta que, mesmo com condições favoráveis, há risco de ocorrência de geadas entre maio e junho, especialmente nas regiões mais ao Sul. Desirée alerta os produtores sobre os riscos caso o plantio do milho tenha ocorrido fora da recomendação técnica. “Se a lavoura ainda estiver em fases críticas, como pendoamento, enchimento de grãos ou estágio de grão leitoso durante junho e julho, o risco de danos por geadas aumenta significativamente”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio