Clima seco no Brasil impulsiona preços do açúcar nas bolsas internacionais

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Condições climáticas no Brasil influenciam o mercado global

O clima seco que persiste no Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar, continua a exercer forte influência sobre os mercados internacionais. A escassez de chuvas pressiona as cotações da commodity, que encerraram o pregão de ontem (10) em alta nas duas principais bolsas do setor: Nova York e Londres.

Além das preocupações com o clima, analistas de mercado ouvidos pela agência Reuters destacaram outro fator que movimentou o mercado: a maior oferta de açúcar nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), houve aumento nas importações da commodity no mês de abril, ampliando a disponibilidade do produto no mercado interno norte-americano.

Nova York: açúcar bruto encerra sequência de quedas

Na ICE Futures de Nova York, o contrato de açúcar bruto com vencimento em maio de 2025 registrou alta de 21 pontos, sendo negociado a 18,12 centavos de dólar por libra-peso. A valorização reverteu a tendência de quedas consecutivas observadas desde o início da semana. O contrato para julho de 2025 também subiu, com acréscimo de 18 pontos, fechando a 17,91 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos apresentaram altas entre 9 e 15 pontos.

Londres: açúcar branco também avança

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco com vencimento em maio de 2025 teve alta de US$ 10,60, sendo cotado a US$ 523,90 por tonelada. O contrato para agosto do mesmo ano fechou em US$ 505,00 a tonelada, com valorização de US$ 6,20. Os demais contratos oscilaram positivamente entre US$ 2,60 e US$ 5,40.

Mercado interno: açúcar cristal sobe pelo quinto dia seguido

No mercado doméstico, o Indicador Cepea/Esalq (USP) registrou alta pelo quinto dia consecutivo nas cotações do açúcar cristal. As usinas negociaram a saca de 50 quilos a R$ 142,28, contra R$ 141,29 no dia anterior, o que representa uma valorização de 0,70% no comparativo diário.

Etanol hidratado: queda pelo segundo dia seguido

Em contrapartida, o etanol hidratado teve recuo pelo segundo dia consecutivo, de acordo com o Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.808,50 por metro cúbico, valor inferior aos R$ 2.850,50 registrados na quarta-feira, o que corresponde a uma queda de 1,47%.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio