A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está reforçando seu apoio à agricultura familiar em Minas Gerais por meio da entrega de equipamentos voltados à produção de farinha de mandioca. A iniciativa contempla 14 municípios das regiões do Norte de Minas, Rio Pardo, Vale do Jequitinhonha e Mucuri, beneficiando aproximadamente 500 famílias de pequenos produtores rurais.
Foram entregues 16 kits completos para casas de farinha, compostos por peneira elétrica, forno elétrico, triturador elétrico e prensa manual — equipamentos essenciais para aprimorar e ampliar a produção local. O investimento total da ação gira em torno de R$ 520 mil, valor que também inclui a capacitação dos produtores para o uso eficiente dos maquinários.
Além de modernizar as estruturas de produção, a capacitação técnica tem como objetivo garantir a qualidade do produto final, aumentar a produtividade e fortalecer a cadeia produtiva da mandioca nas comunidades beneficiadas. A cultura, tradicional nessas regiões, é uma das principais fontes de sustento para centenas de famílias.
Segundo Marco Câmara, superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, a iniciativa contribui diretamente para o desenvolvimento socioeconômico local. “Com essa ação, buscamos fortalecer a cadeia da mandioca, gerando emprego e renda em comunidades onde a produção da farinha é uma tradição fundamental para o sustento das famílias”, afirmou.
O engenheiro agrônomo Diego Cunha, da Codevasf-MG, destacou a importância da cultura da mandioca no contexto nacional. “Essa é uma das principais culturas agrícolas do país, presente em pequenas e grandes propriedades. Acreditamos que a entrega desses equipamentos representa um avanço importante para modernizar a produção de farinha e ampliar as oportunidades econômicas para as famílias produtoras”, declarou.
Resultados já alcançados
A produtora Terezinha Lopes dos Santos, presidente da Associação Comunitária Campo do Buriti, no município de Turmalina (Vale do Jequitinhonha), afirmou que a ação da Codevasf tem gerado impactos concretos. “As iniciativas de apoio à mandiocultura incentivaram o aumento do plantio e da produção. Nossa associação, com 81 participantes, já está expandindo o mercado consumidor da farinha produzida aqui”, disse.
Em Machacalis, também no Vale do Jequitinhonha, a Casa do Farinheiro do Córrego Seco, apoiada pela Associação Comunitária local, tornou-se uma das principais fornecedoras de farinha para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para a feira municipal. De acordo com Antônia Célia Cardo Costa, presidente da associação, os novos equipamentos permitirão alcançar novos mercados. “Com o maquinário recebido, poderemos obter o selo da Vigilância Sanitária e comercializar nossa farinha também nos supermercados da região”, afirmou.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio