A pneumonia micoplasmática, provocada pela bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, é um dos principais desafios sanitários enfrentados pela suinocultura brasileira. De caráter crônico e endêmico, a doença atinge aproximadamente 95% das granjas comerciais no país, comprometendo a saúde respiratória dos animais e impactando diretamente a produtividade e a rentabilidade das propriedades.
Também conhecida como Pneumonia Enzoótica Suína (PES), a enfermidade é o agente primário do Complexo de Doenças Respiratórias dos Suínos (CDRS) e favorece a ocorrência de infecções secundárias, agravando ainda mais o quadro clínico dos animais. A consequência é uma queda expressiva no desempenho dos suínos, com aumento dos custos de tratamento, menor ganho de peso, pior conversão alimentar e maiores taxas de condenações na indústria.
O gerente de Serviços Técnicos de Suínos da Zoetis Brasil, Dalvan Veit, destaca que o início da vida dos leitões é o período mais crítico para a disseminação do patógeno. “As fêmeas infectadas transmitem a bactéria aos leitões logo nas primeiras semanas de vida, o que perpetua o ciclo da doença. Por isso, vacinar as reprodutoras é essencial para reduzir a prevalência da enfermidade no plantel”, explica o especialista.
Veit alerta ainda que, em granjas com falhas no controle da bactéria, podem ser observadas reduções de até 16% na taxa de crescimento dos suínos e 14% na eficiência alimentar, resultando em significativos prejuízos econômicos. Ele ressalta que o combate eficaz à pneumonia micoplasmática exige um compromisso contínuo com a saúde do plantel, sendo fundamental iniciar o controle já nos primeiros dias de vida dos animais.
A vacinação é um dos pilares dessa estratégia. Segundo o especialista, a imunização das fêmeas de duas a três vezes por ano — ou a cada ciclo gestacional — contribui para evitar a transmissão do Mycoplasma hyopneumoniae para os leitões, especialmente nas porcas mais jovens, que apresentam maior eliminação do patógeno. Já a vacinação dos leitões deve ser realizada precocemente, garantindo proteção ainda na maternidade e reduzindo a gravidade das infecções ao longo da fase de creche, quando há maior risco de contato com animais de outras origens.
Entre as soluções disponíveis no mercado, a Zoetis, líder global em saúde animal, oferece a vacina RespiSure® ONE, indicada para aplicação em suínos a partir de um dia de vida. O imunizante proporciona proteção eficaz por até 25 semanas, contribuindo para a redução da disseminação bacteriana e da colonização pulmonar. Outro destaque da empresa é o antibiótico Draxxin®, de amplo espectro, com ação prolongada e eficaz no tratamento das principais bactérias envolvidas no CDRS. Com aplicação única, rápida absorção e longa duração no organismo, Draxxin® promove bem-estar animal e melhora a produtividade das granjas.
Além da vacinação, é fundamental adotar medidas complementares de biosseguridade e manejo ambiental. O controle sanitário de leitoas de reposição, por exemplo, deve garantir que esses animais sejam previamente expostos aos Mycoplasmas presentes na granja. A implementação do sistema “todos dentro, todos fora”, o controle de acesso de visitantes e a ventilação adequada das instalações são práticas indispensáveis para limitar a disseminação do agente infeccioso.
“O controle da pneumonia micoplasmática vai além da sanidade dos animais: é um fator determinante para o sucesso da suinocultura. A integração entre boas práticas de manejo, programas vacinais eficazes e ambiente sanitariamente equilibrado representa a abordagem mais eficiente para proteger o plantel e assegurar desempenho produtivo e econômico com sustentabilidade”, conclui Veit.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio